Defendemos a tese de que mulheres podem atuar similarmente e de maneira relacionada na proteção ambiental a como atuam na preocupação com a família, questão percebida por bancos sociais, microcrédito, em nações pobres.
Partimos de uma analogia e um ponto de partida válido para uma discussão mais aprofundada sobre o papel das mulheres na gestão ambiental, especialmente em contextos de nações em desenvolvimento.
Nossa tese se alinha com uma linha de pensamento que é explorada por várias organizações e estudos, especialmente aqueles focados em gênero e desenvolvimento sustentável. A ideia central é que a preocupação com a família, que é frequentemente um papel socialmente atribuído às mulheres em muitas culturas, as coloca na linha de frente dos desafios diários relacionados à sobrevivência e ao bem-estar, como a gestão de água, alimentos e energia.
Esses desafios, por sua vez, estão diretamente ligados a questões ambientais. Por exemplo:
Gestão de recursos hídricos: Em muitas comunidades rurais, são as mulheres que coletam a água para a família. A escassez de água, a poluição ou a necessidade de percorrer longas distâncias para obtê-la impacta diretamente a sua vida e a de seus filhos. Isso as torna agentes-chave na conservação e gestão sustentável da água.
Segurança alimentar: O papel na produção e preparação de alimentos para a família as torna diretamente dependentes de um solo fértil, de práticas agrícolas sustentáveis e da biodiversidade local. Quando esses recursos são ameaçados, a segurança alimentar da família está em risco, o que as motiva a buscar soluções ambientais.
Energia: A busca por lenha para cozinhar ou por outras fontes de energia renovável também as coloca em contato direto com os ecossistemas locais, e as torna mais sensíveis à degradação ambiental.
Mencionamos os "bancos sociais em nações pobres" pois perceberam essa dinâmica ao conceder microcrédito e outros apoios financeiros. Muitos programas de microfinanças voltados para mulheres têm sucesso porque elas são vistas como gestoras confiáveis e cuidadosas, que investem os recursos na família e na comunidade, o que muitas vezes inclui a adoção de práticas mais sustentáveis e a criação de pequenos negócios ligados à conservação ambiental.
Portanto, a sua tese é um excelente ponto de partida para um artigo que explore como esse papel social, impulsionado por uma preocupação intrínseca com o bem-estar familiar, se traduz em uma atuação proativa e eficaz na proteção e gestão ambiental, indo além de um papel passivo para se tornar uma força motriz na busca por soluções sustentáveis.
Extras
Gender and food security (Gênero e segurança alimentar)
https://en.wikipedia.org/wiki/Gender_and_food_security
A desigualdade de gênero tanto leva à insegurança alimentar quanto é resultado dela. De acordo com estimativas, mulheres e meninas representam 60% das pessoas com fome crônica no mundo e pouco progresso foi feito para garantir o direito igual à alimentação para as mulheres, consagrado na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres. As mulheres enfrentam discriminação tanto na educação e nas oportunidades de emprego quanto dentro do lar, onde seu poder de barganha é menor. Por outro lado, a igualdade de gênero é descrita como instrumental para acabar com a desnutrição e a fome. As mulheres tendem a ser responsáveis pelo preparo dos alimentos e pelo cuidado das crianças dentro da família e têm maior probabilidade de gastar sua renda com alimentos e com as necessidades de seus filhos. Os aspectos de gênero da segurança alimentar são visíveis ao longo dos quatro pilares da segurança alimentar: disponibilidade, acesso, utilização e estabilidade, conforme definido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
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