quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Nossa matriz energética - Acertos, erros e negligências


A partir de um debate no LinkedIn, com link aparentemente hoje morto, “UMA PEQUENA DISCUSSÃO SOBRE O SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO”.



Ninguém discute que o Brasil tenha uma boa - em termos de mundo - matriz energética quanto a energias renováveis, até pelo peso do nosso setor hídrico, mas...

O Brasil tem pensado demasiadamente em termos de energia em "aumento de produção", e não em "melhoria do consumo", não pensa em eficiência.

Possui usinas hidroelétricas com razões absurdas entre tamanho do lago sobre potência produzida. (Paradoxalmente, após determinado período, cada vez mais hidroelétricas com operação ao “fio d’água”.[Nota “A fio d’água”])

Por qual motivo não se lança a modernizá-las, quando não, substituí-las?

Usa pouco e prejudicou recentemente a cogeração com biomassa. (Usina de cana falida não só não produz açúcar e álcool, mas também abandona a cogeração de energia elétrica, por simples inatividade.)

Finalizando, aqui, vale sempre a pergunta:

Qual a mais barata das energias?

A resposta é sempre a que não se gasta.


A renovação das hidroelétricas nos EUA

“Os EUA têm 2.400 represas hidrelétricas, muitas das quais possuem equipamentos geradores desatualizados que são, bem, gerações mais antigas. Essa é a má notícia. A boa notícia é que tudo isso contribui para o potencial de um programa massivo de atualização de eficiência energética que poderia impulsionar significativamente a geração de energia hidrelétrica dos EUA sem a despesa monumental e a interrupção ambiental envolvidas na construção de novas barragens. Na verdade, a primeira rodada de atualizações de energia hidrelétrica já está em andamento a um custo médio de menos de 4 centavos de dólar por kilowatt-hora.”

How the U.S. Is Getting More Hydropower without Building a Single New Dam - cleantechnica.com

[Como os EUA estão recebendo mais energia hidrelétrica sem construir uma nova barragem]

A China tem ampliado algumas de suas usinas mais antigas, algumas simplesmente (aqui merece o uso de aspas, dado o enorme esforço de engenharia) por aumentar a altura da barragem e então, aumentar os geradores dentro da “catedral” de geração. O mesmo tem projetado e feito a Austrália, até mesmo pela pressão de estar em uma das massas de terra menos providas de água do planeta.


Revisão rápida sobre cogeração

Para analista da FG/A, cogeração é a luz no fim do túnel para o setor sucroenergético - 20 set 2018 - www.novacana.com

Juliano Merlotto, sócio-fundador da consultoria, defende o peso da cogeração no caixa das usinas; produtores preferem investir nesta fonte a realizar operações de fusão e aquisição

Camila da Silva Lobo; A IMPORTÂNCIA DA COGERAÇÃO UTILIZANDO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR COMO FORMA DE DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ ELÉTRICA; PROJETO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO ELETRICISTA - RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL AGOSTO DE 2013 - monografias.poli.ufrj.br

TIAGO FIORI CARDOSO; COGERAÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR: REVISÃO DE LITERATURA; Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Gestão de Produção Sucroenergética, para a obtenção do título de Mestre em Gestão de Produção Sucroenergética; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PRODUÇÃO SUCROENERGÉTICA; Sertãozinho 2011. www.etanol.ufscar.br


Notas

A fio d’água

O que são usinas hidrelétricas “a fio d’água” e quais os custos inerentes à sua construção? - Ivan Dutra Faria - 05/03/2012 -

“Usinas hidrelétricas “a fio d’água” são aquelas que não dispõem de reservatório de água, ou o têm em dimensões menores do que poderiam ter. Optar pela construção de uma usina “a fio d’água” significa optar por não manter um estoque de água que poderia ser acumulado em uma barragem. Esta foi uma opção adotada para a construção da Usina de Belo Monte e parece ser uma tendência a ser adotada em projetos futuros, em especial aqueles localizados na Amazônia, onde se concentra grande potencial hidrelétrico nacional. Aliás, as usinas Santo Antonio e Jirau, já em construção no rio Madeira, são exemplos dessa tendência.”


Recomendação de leitura

Oswaldo Sevá; ESTRANHAS CATEDRAIS. NOTAS SOBRE O CAPITAL HIDRELÉTRICO, A NATUREZA E A SOCIEDADE; Cienc. Cult. vol.60 no.3 São Paulo Sept. 2008 - cienciaecultura.bvs.br


Energia elétrica gerada por fontes eólicas evitou emissões de 20 milhões de toneladas de CO2 no Brasil, entre 2016 e 2017 - EDUARDO N MESSIAS - 12 DE OUTUBRO DE 2017 - sengeletrica.wordpress.com



Maior projeto de energia renovável híbrido é inaugurado na Jamaica - Mayra Rosa - 21 de julho de 2014 - ciclovivo.com.br

“O maior projeto de energia renovável híbrido em meio urbano acaba de ser inaugurado na Jamaica. O sistema foi instalado no telhado de um grande escritório local de advocacia e conta com uma tecnologia capaz de produzir eletricidade a partir do sol e dos ventos.”

China exige que carros elétricos representem 30% das compras -  Alexandra Ho - 14 jul 2014 - exame.abril.com.br

“A China está exigindo que os carros elétricos respondam por pelo menos 30 por cento do total de veículos comprados pelo governo até 2016. É a mais recente medida de combate à poluição e para redução do uso de energia após isentar os carros de um imposto sobre a compra.”


A Terra provê o suficiente para as necessidades de to­dos os homens, mas não para a voracidade de todos. - Mahatma Gandhi