Pegada ecológica - 3

 Tradução e ampliação de: en.wikipedia.org - Ecological footprint  

Metodologia

Os recursos naturais da Terra são finitos e estão a ser utilizados de forma insustentável, dados os níveis atuais de utilização.[GFN, 2024] 

A contabilidade da pegada ecológica se baseia no reconhecimento de que os recursos regenerativos são os recursos fisicamente mais limitantes de todos. Até mesmo o uso de combustíveis fósseis é muito mais limitado pela quantidade de sequestro que a biosfera pode fornecer do que pelas quantidades deixadas no subsolo. O mesmo vale para minérios e minerais, onde o fator limitante é a quantidade de dano à biosfera que estamos dispostos a aceitar para extrair e concentrar esses materiais, e não a quantidade deles que ainda resta no subsolo. Portanto, o foco da contabilidade da pegada ecológica é a competição humana por recursos renováveis.

ONG WWF - OngCea - https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/tag/ong-wwf/

A quantidade de regeneração do planeta, incluindo quantos recursos são renovados e quanto lixo o planeta pode absorver, é chamada de biocapacidade. As pegadas ecológicas, portanto, rastreiam quanta biocapacidade é necessária para fornecer todos os insumos que as atividades humanas demandam. Ele pode ser calculado em qualquer escala: para uma atividade, uma pessoa, uma comunidade, uma cidade, uma região, uma nação ou a humanidade como um todo.

As pegadas podem ser divididas em categorias de consumo: alimentos, moradia e bens e serviços. Ou pode ser organizado por tipos ocupados: terras agrícolas, pastagens, florestas para produtos florestais, florestas para sequestro de carbono, áreas marinhas, etc.

Quando essa abordagem é aplicada a uma atividade como a fabricação de um produto ou a condução de um carro, ela usa dados da análise do ciclo de vida. Tais aplicações traduzem o consumo de energia, biomassa (alimentos, fibras), materiais de construção, água e outros recursos em áreas de terra normalizadas chamadas hectares globais (hag), necessárias para fornecer esses insumos.[Borucke, 2013]  

 

Desde a criação da Global Footprint Network em 2003, ela calcula a pegada ecológica a partir de fontes de dados da ONU para o mundo como um todo e para mais de 200 nações (conhecidas como Contas Nacionais de Pegada Ecológica e Biocapacidade). Esta tarefa foi agora assumida pela FoDaFo[FoDaFo, 2024] e pela Universidade de York.[EFIYU, 2024] O número total de pegadas de Terras necessárias para sustentar a população mundial naquele nível de consumo também é calculado. Todos os anos, os cálculos são atualizados para o ano mais recente com estatísticas completas da ONU. As séries temporais também são recalculadas a cada atualização, já que as estatísticas da ONU às vezes corrigem conjuntos de dados históricos. Os resultados estão disponíveis em uma plataforma de dados abertos.[GFN, 2018; GFN, 2024]  

Lin et al (2018) constataram que as tendências para os países e para o mundo permaneceram consistentes apesar das atualizações de dados.[Lin, 2018] Além disso, um estudo recente do Ministério do Ambiente Suíço recalculou de forma independente as tendências suíças e reproduziu-as com uma margem de variação de 1 a 4% para o período de tempo estudado (1996 a 2015).[FOEN, 2018] Desde 2006, existe um primeiro conjunto de padrões de pegada ecológica que detalham procedimentos de comunicação e cálculo. A versão mais recente são os padrões atualizados de 2009.[GFN, 2018]  

O método de contabilidade ecológica da pegada ecológica a nível nacional é descrito no site da Global Footprint Network[GFN, 2018] ou com mais detalhes em artigos académicos, incluindo Borucke et al.[Borucke, 2013]   

O Comité de Revisão das Contas Nacionais publicou uma agenda de investigação sobre como melhorar as contas.[Kitzes, 2007]  

Referências 

Borucke, M; Moore, D; Cranston, G; Gracey, K; Lazarus, E; Morales, J.C.; Wackernagel, M. (2013). "Accounting for demand and supply of the biosphere's regenerative capacity: The National Footprint Accounts' underlying methodology and framework". Ecological Indicators. 24: 518–533. Bibcode:2013EcInd..24..518B. doi:10.1016/j.ecolind.2012.08.005. 

 

EFIYU (2024) Ecological Footprint Initiative at York University. "Ecological Footprint Initiative". Retrieved 12 February 2024.

 

FoDaFo (2024) "Footprint Data Foundation website". fodafo.org. Footprint Data Foundation. Retrieved 12 February 2024. 

FOEN (2018) Environmental Footprints of Switzerland. Federal Office for the Environment. 2018. p. 87.  

 

GFN (2018) "Data". footprintnetwork.org. Global Footprint Network. Retrieved 16 July 2018.

GFN (2024) Global Footprint Network; FoDaFo; Ecological Footprint Initiative at York University. "Ecological Footprint Data Platform". data.footprintnetwork.org. Retrieved 12 February 2024. 

GFN (2024-B) "Footprint Data Platform". Global Footprint Network. Retrieved 2024-02-11. 

Kitzes, Justin et al (2007) A Research Agenda for Improving National Ecological Footprint Accounts. National Footprint Research Agenda. Retrieved: 2007-11-11 Archived November 28, 2007, at the Wayback Machine

Lin, David; Hanscom, Laurel; Murthy, Adeline; Galli, Alessandro; Evans, Mikel; Neill, Evan; Mancini, Maria Serena; Martindill, Jon; Medouar, Fatime-Zahra; Huang, Shiyu; Wackernagel, Mathis (2018). "Ecological Footprint Accounting for Countries: Updates and Results of the National Footprint Accounts, 2012–2018". Resources. 7 (3): 58. doi:10.3390/resources7030058. ISSN 2079-9276. 

 

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