“A quantidade de recursos extraídos da Terra aumentou em relação aos 39,3 bilhões de toneladas de 2002. Um aumento de 55% em menos de 20 anos. Isso coloca os recursos naturais da Terra sob forte pressão. Já estamos extraindo 75% a mais do que a Terra pode sustentar a longo prazo.” - en.wikipedia.org - Mining
“Todos os anos, os humanos extraem entre 60 e 100 bilhões de toneladas de materiais da Terra e movem mais sedimentos que todos os rios combinados.” - en.wikipedia.org - Anthropocene: The Human Epoch

A escala de extração mineral da humanidade na atualidade. - theconversation.com
Antropoceno é um termo usado para se referir ao período durante o qual a humanidade se tornou uma força planetária de mudança. Ele aparece no discurso científico e social, especialmente no que diz respeito às aceleradas mudanças geofísicas e bioquímicas que caracterizam os séculos XX e XXI na Terra. Originalmente uma proposta para uma nova era geológica após o Holoceno, foi rejeitada como tal em 2024 pela Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS) e pela União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS).[ICS, 2024; QuatStrat, 2024; IUGS, 2024]

A invenção da luz elétrica permitiu que grandes centros populacionais humanos fossem vistos da órbita baixa da Terra, demonstrando como os impactos da humanidade são visíveis em escala global.
O termo tem sido usado em pesquisas relacionadas à água, geologia, geomorfologia, paisagem, limnologia, hidrologia, ecossistemas e clima da Terra.[Waters, 2016; Edwards, 2015] Os efeitos das atividades humanas na Terra podem ser vistos, por exemplo, em relação à perda de biodiversidade e às mudanças climáticas. Várias datas de início para o Antropoceno foram propostas, variando do início da Revolução Neolítica (12.000–15.000 anos atrás), até recentemente, na década de 1960. O biólogo Eugene F. Stoermer é creditado por cunhar e usar o termo antropoceno informalmente na década de 1980; Paul J. Crutzen reinventou e popularizou o termo.[Dawson, 2016]
O Grupo de Trabalho do Antropoceno (AWG) da Subcomissão de Estratigrafia Quaternária (SQS) do ICS votou em abril de 2016 para prosseguir com uma proposta formal de pico de ouro (GSSP) para definir uma época do Antropoceno na escala de tempo geológico. O grupo apresentou a proposta ao Congresso Geológico Internacional em agosto de 2016.[Carrington, 2016]
Em maio de 2019, o AWG votou a favor da submissão de uma proposta formal ao ICS até 2021.[Subramanian, 2019] A proposta localizou potenciais marcadores estratigráficos em meados do século XX.[AWG, 2019; Subramanian, 2019; Meyer, 2019] Este período coincide com o início da Grande Aceleração, um período pós-Segunda Guerra Mundial durante o qual o crescimento populacional global, a poluição e a exploração de recursos naturais aumentaram a um ritmo drástico.[GeolSoc, 2025] A Era Atômica também começou por volta de meados do século XX, quando os riscos de guerras nucleares, terrorismo nuclear e acidentes nucleares aumentaram.

A transição do Holoceno para o Antropoceno e os marcos principais, incluindo a Grande Aceleração.[Steffen, 2016]
Doze sítios candidatos foram selecionados para o GSSP; os sedimentos do Lago Crawford, Canadá, foram finalmente propostos, em julho de 2023, para marcar o limite inferior do Antropoceno, começando com o estágio/idade Crawfordiana em 1950.[Waters, 2023; Voosen, 2023]
Em março de 2024, após 15 anos de deliberação, a proposta da Época Antropocena do AWG foi rejeitada por ampla margem pelo SQS, devido em grande parte ao seu registro sedimentar raso e à data de início proposta extremamente recente.[Zhong, 2024; Zhong, 2024B] O ICS e o IUGS posteriormente confirmaram formalmente, por votação quase unânime, a rejeição da proposta da Época Antropocena do AWG para inclusão na Escala de Tempo Geológico.[ICS, 2024; QuatStrat, 2024; IUGS, 2024] A declaração da IUGS sobre a rejeição concluiu: "Apesar de sua rejeição como unidade formal da Escala de Tempo Geológico, o Antropoceno continuará a ser usado não apenas por cientistas da Terra e do meio ambiente, mas também por cientistas sociais, políticos e economistas, bem como pelo público em geral. Permanecerá como um descritor inestimável do impacto humano no sistema terrestre."[IUGS, 2024]
Desenvolvimento do conceito
Um conceito inicial para o Antropoceno foi a Noosfera de Vladimir Vernadsky, que em 1938 escreveu sobre "o pensamento científico como uma força geológica".[Ogden, 2016] Cientistas na União Soviética parecem ter usado o termo Antropoceno já na década de 1960 para se referir ao Quaternário, o período geológico mais recente.[AIBS, 1960] O ecologista Eugene F. Stoermer posteriormente usou Antropoceno com um sentido diferente na década de 1980[Revkin, 2011; Badri, 2024] e o termo foi amplamente popularizado em 2000 pelo químico atmosférico Paul J. Crutzen,[Dawson, 2016; Crutzen, 2000] que considerou a influência do comportamento humano na atmosfera da Terra nos últimos séculos tão significativa a ponto de constituir uma nova época geológica.[Pearce, 2007: 21; Economist, 2021]

O Antropoceno é caracterizado pelos impactos humanos no ambiente, com ramificações para variáveis como as alterações climáticas, a perda de biodiversidade e a insegurança alimentar global.[Petersen-Rockney, 2021]
O termo Antropoceno é usado informalmente em contextos científicos.[Ehlers, 2006] A Sociedade Geológica da América intitulou sua reunião anual de 2011: Do Arqueano ao Antropoceno: O passado é a chave para o futuro.[GSA, 2019] A nova era não tem uma data de início definida, mas uma proposta, baseada em evidências atmosféricas, é fixar o início na Revolução Industrial por volta de 1780, com a invenção da máquina a vapor.[Crutzen, 2000B; Zalasiewicz, 2008] Outros cientistas associam o novo termo a eventos anteriores, como o surgimento da agricultura e a Revolução Neolítica (por volta de 12.000 anos a.C.).
As evidências de impacto humano relativo – como a crescente influência humana no uso da terra, ecossistemas, biodiversidade e extinção de espécies – são substanciais; os cientistas acreditam que o impacto humano alterou significativamente (ou interrompeu) o crescimento da biodiversidade.[Sahney, 2010; Pimm, 2014; Vignieri, 2014; Ceballos, 2015] Aqueles que defendem datas anteriores postulam que o Antropoceno proposto pode ter começado entre 14.000 e 15.000 anos AP, com base em evidências geológicas; isso levou outros cientistas a sugerir que "o início do Antropoceno deveria ser estendido para muitos milhares de anos";[Doughty, 2010]: 1 isso tornaria o Antropoceno essencialmente sinônimo do termo atual, Holoceno.
“As pressões que exercemos sobre o planeta tornaram-se tão grandes que os cientistas estão se perguntando se a Terra entrou em uma era geológica inteiramente nova: o Antropoceno, ou a era dos humanos. Isso significa que somos os primeiros povos a viver em uma era definida pela escolha humana, na qual o risco dominante à nossa sobrevivência somos nós mesmos.”
—Achim Steiner, Administrador do PNUD[Steiner, 2020]

Paisagem de estabilidade mostrando o caminho do Sistema Terrestre para fora do Holoceno e, portanto, para fora do ciclo limite glacial-interglacial até sua posição atual no Antropoceno mais quente.[Steffen, 2018] - ethos.lps.library.cmu.edu
Grupo de Trabalho do Antropoceno
(Anthropocene Working Group)
Em 2008, a Comissão de Estratigrafia da Sociedade Geológica de Londres considerou uma proposta para tornar o Antropoceno uma unidade formal de divisões de épocas geológicas.[Edwards, 2015; Zalasiewicz, 2008] A maioria da comissão decidiu que a proposta tinha mérito e deveria ser examinada mais detalhadamente. Grupos de trabalho independentes de cientistas de várias sociedades geológicas começaram a determinar se o Antropoceno seria formalmente aceito na Escala de Tempo Geológico.[Zalasiewicz, 2010]

O teste Trinity em julho de 1945 foi proposto como o início do Antropoceno.
Em janeiro de 2015, 26 dos 38 membros do Grupo de Trabalho Internacional do Antropoceno publicaram um artigo sugerindo o teste Trinity em 16 de julho de 1945 como o ponto de partida da nova época proposta.[Sanders, 2015] No entanto, uma minoria significativa apoiou uma das várias datas alternativas.[Sanders, 2015] Um relatório de março de 2015 sugeriu 1610 ou 1964 como o início do Antropoceno.[Lewis, 2015] Outros estudiosos apontaram para o caráter diacrônico dos estratos físicos do Antropoceno, argumentando que o início e o impacto estão espalhados ao longo do tempo, não redutíveis a um único instante ou data de início.[Edgeworth, 2015]
Um relatório de janeiro de 2016 sobre as assinaturas climáticas, biológicas e geoquímicas da atividade humana em sedimentos e núcleos de gelo sugeriu que a era desde meados do século XX deveria ser reconhecida como uma época geológica distinta do Holoceno.[Waters, 2016]
O Grupo de Trabalho do Antropoceno reuniu-se em abril de 2016 para consolidar as evidências que sustentam o argumento de que o Antropoceno é uma verdadeira época geológica.[ICS, 2015] As evidências foram avaliadas e o grupo votou para recomendar o Antropoceno como a nova época geológica em agosto de 2016.[Carrington, 2016]
Em abril de 2019, o Grupo de Trabalho do Antropoceno (AWG) anunciou que votaria uma proposta formal à Comissão Internacional de Estratigrafia, para dar continuidade ao processo iniciado na reunião de 2016.[Meyer, 2019] Em maio de 2019, 29 membros do painel de 34 membros do AWG votaram a favor de uma proposta oficial a ser apresentada até 2021. O AWG também votou, com 29 votos, a favor de uma data de início em meados do século XX. Dez locais candidatos para uma Seção e Ponto de Estratótipo de Limite Global foram identificados, um dos quais será escolhido para ser incluído na proposta final.[AWG, 2019; Subramanian, 2019] Possíveis marcadores incluem microplásticos, metais pesados ou núcleos radioativos deixados por testes de armas termonucleares.[Davison, 2019]
Em novembro de 2021, uma proposta alternativa de que o Antropoceno é um evento geológico, não uma época, foi publicada[Gibbard, 2021; Bauer, 2021] e posteriormente expandida em 2022.[Gibbard, 2022] Isso desafiou a suposição subjacente à defesa da época do Antropoceno – a ideia de que é possível atribuir com precisão uma data precisa de início a processos altamente diacrônicos de mudanças no sistema terrestre influenciadas pelo homem. O argumento indicava que encontrar um único GSSP (Global Boundary Stratotype Section and Point, Seção e Ponto de Estratótipo de Limite Global)[Nota 1] seria impraticável, visto que as mudanças induzidas pelo homem no sistema terrestre ocorreram em diferentes períodos, em diferentes locais e se espalharam em diferentes ritmos. Segundo esse modelo, o Antropoceno teria muitos eventos que marcariam impactos induzidos pelo homem no planeta, incluindo a extinção em massa de grandes vertebrados, o desenvolvimento da agricultura primitiva, o desmatamento nas Américas, a transformação industrial em escala global durante a Revolução Industrial e o início da Era Atômica. Os autores são membros do AWG que votaram contra a proposta oficial de uma data de início em meados do século XX e buscaram reconciliar alguns dos modelos anteriores (incluindo as propostas de Ruddiman e Maslin). Eles citaram o conceito original de Crutzen,[Crutzen, 2002] argumentando que o Antropoceno é muito melhor e mais útil como um evento geológico em desenvolvimento, como outras grandes transformações na história da Terra, como o Grande Evento de Oxidação.[Nota 2]
Em julho de 2023, o AWG escolheu o Lago Crawford, em Ontário, Canadá, como local que representa o início da nova era proposta. O sedimento naquele lago mostra um pico nos níveis de plutônio proveniente de testes com bombas de hidrogênio, um marcador-chave que o grupo escolheu para situar o início do Antropoceno na década de 1950, juntamente com outros marcadores elevados, incluindo partículas de carbono e nitratos provenientes da queima de combustíveis fósseis e da aplicação generalizada de fertilizantes químicos, respectivamente. Se tivesse sido aprovado, a declaração oficial da nova era do Antropoceno teria ocorrido em agosto de 2024,[Carrington, 2023] e sua primeira idade pode ter sido denominada Crawfordiana, em homenagem ao lago.[Amos, 2023]
Rejeição na votação de 2024 pela IUGS
Em março de 2024, uma votação interna foi realizada pela IUGS: após quase 15 anos de debate, a proposta de ratificação do Antropoceno foi derrotada por uma margem de 12 a 4, com 2 abstenções.[Zhong, 2024B] Esses resultados não foram devidos à rejeição do impacto humano no planeta, mas sim à incapacidade de restringir o Antropoceno em um contexto geológico. Isso porque a data de início amplamente adotada de 1950 foi considerada propensa a viés de recência. Também ofuscou exemplos anteriores de impactos humanos, muitos dos quais ocorreram em diferentes partes do mundo em momentos diferentes. Embora a proposta pudesse ser levantada novamente, isso exigiria que todo o processo de debate começasse do zero.[Zhong, 2024] Os resultados da votação foram oficialmente confirmados pela IUGS e mantidos como definitivos no final daquele mês.[Zhong, 2024B]
Ponto de partida proposto
Revolução industrial
Crutzen propôs a Revolução Industrial como o início do Antropoceno.[Crutzen, 2002] Lovelock propõe que o Antropoceno começou com a primeira aplicação da máquina a vapor de Newcomen em 1712.[Lovelock, 2019] O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas toma a era pré-industrial (escolhida como o ano de 1750) como a linha de base relacionada às mudanças nos gases de efeito estufa de longa duração e bem misturados.[NOAA, 2017] Embora seja evidente que a Revolução Industrial inaugurou um impacto humano global sem precedentes no planeta,[Douglas, 2002] grande parte da paisagem da Terra já havia sido profundamente modificada pelas atividades humanas.[Kirch, 2005] O impacto humano na Terra cresceu progressivamente, com poucas desacelerações substanciais. Um artigo de perspectiva científica de 2024, escrito por um grupo de cientistas liderados por William J. Ripple, propôs o início do Antropoceno por volta de 1850, afirmando que é uma "escolha convincente... de uma perspectiva populacional, de combustíveis fósseis, de gases de efeito estufa, de temperatura e de uso da terra."[Ripple, 2024]
Meados do século XX (Grande Aceleração)
Em maio de 2019, os vinte e nove membros do Grupo de Trabalho do Antropoceno (AWG) propuseram uma data de início para a Época em meados do século XX, já que esse período viu "uma população humana em rápido crescimento acelerando o ritmo da produção industrial, o uso de produtos químicos agrícolas e outras atividades humanas. Ao mesmo tempo, as primeiras explosões de bombas atômicas espalharam pelo globo detritos radioativos que se incrustaram em sedimentos e gelo glacial, tornando-se parte do registro geológico". As datas oficiais de início, de acordo com o painel, coincidiriam com os radionuclídeos liberados na atmosfera pelas detonações de bombas em 1945 ou com o Tratado de Proibição Limitada de Testes Nucleares de 1963.[Subramanian, 2019]

As “marcas” de bilhões da população humana e sua distribuição por continentes.
Primeira bomba atômica (1945)
O pico na precipitação de radionuclídeos consequente aos testes de bombas atômicas durante a década de 1950 é outra data possível para o início do Antropoceno (a detonação da primeira bomba atômica em 1945 ou o Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares em 1963).[Subramanian, 2019]

Testes nucleares por ano.
Concentração mínima de metano atmosférico
Em 19 de junho de 2025, Vincent Gauci propôs que o Antropoceno começou em 1592. Os registros de núcleos de gelo mostraram uma concentração mínima de metano atmosférico naquela época.[Gauci, 2025]
Etimologia
O nome Antropoceno é uma combinação de antropo-, do grego antigo ἄνθρωπος (ánthropos), que significa 'humano', e -ceno, de καινός (kainós), que significa 'novo' ou 'recente'.[Liddell, 2025; Harper, 2025]
Já em 1873, o geólogo italiano Antonio Stoppani reconheceu o crescente poder e efeito da humanidade sobre os sistemas da Terra e se referiu a uma 'era antropozoica'.[Crutzen, 2002]
Natureza dos efeitos humanos
Perda de biodiversidade
O impacto humano na biodiversidade constitui um dos principais atributos do Antropoceno.[McNeill, 2012] A humanidade entrou no que às vezes é chamado de sexta grande extinção da Terra.[Leakey, 1995; Dirzo, 2014; Kolbert, 2014; Ripple, 2017; Ceballos, 2020] A maioria dos especialistas concorda que as atividades humanas aceleraram a taxa de extinção de espécies.[Vignieri, 2014; Andermann, 2020] A taxa exata permanece controversa – talvez de 100 a 1.000 vezes a taxa normal de extinção.[Falcon-Lang, 2011; Pimm, 2014]
As extinções antropogênicas começaram com a migração dos humanos para fora da África há mais de 60.000 anos.[Johns, 2022] O aumento nas taxas globais de extinção tem se mantido acima das taxas de fundo desde pelo menos 1500 e parece ter se acelerado no século XIX e posteriormente.[Waters, 2016] O rápido crescimento econômico é considerado um dos principais impulsionadores do deslocamento e erradicação contemporâneos de outras espécies.[Cafaro, 2022]
De acordo com a revisão de 2021 da Economics of Biodiversity, escrita por Partha Dasgupta e publicada pelo governo do Reino Unido, "a biodiversidade está diminuindo mais rápido do que em qualquer outro momento da história humana."[Dasgupta, 2021; Carrington, 2021] Uma revisão científica de 2022 publicada na Biological Reviews confirma que um sexto evento de extinção em massa antropogênico está em andamento.[Cowie, 2022; Sankaran, 2022] Um estudo de 2022 publicado na Frontiers in Ecology and the Environment, que entrevistou mais de 3.000 especialistas, afirma que a crise de extinção pode ser pior do que se pensava anteriormente e estima que cerca de 30% das espécies "foram globalmente ameaçadas ou extintas desde o ano de 1500."[Melillo, 2022; Isbell, 2022] De acordo com um estudo de 2023 publicado na Biological Reviews, cerca de 48% das 70.000 espécies monitoradas estão sofrendo declínios populacionais devido à atividade humana, enquanto apenas 3% têm populações crescentes.[BBC, 2023; Finn, 2023; Paddison, 2023]
A perda de biodiversidade ocorre quando espécies vegetais ou animais desaparecem completamente da Terra (extinção) ou quando há uma diminuição ou desaparecimento de espécies em uma área específica. Perda de biodiversidade significa que há uma redução na diversidade biológica em uma determinada área. A diminuição pode ser temporária ou permanente. É temporária se o dano que levou à perda for reversível ao longo do tempo, por exemplo, por meio da restauração ecológica. Se isso não for possível, a diminuição é permanente. A causa da maior parte da perda de biodiversidade são, em geral, as atividades humanas que ultrapassam os limites do planeta.[Bradshaw, 2021; Ripple, 2017; Cowie, 2022] Essas atividades incluem a destruição de habitats[CBD, 2010] (por exemplo, o desmatamento) e a intensificação do uso da terra (por exemplo, a monocultura agrícola).[Kehoe, 2017; Allan, 2015] Outras áreas problemáticas são a poluição do ar e da água (incluindo a poluição por nutrientes), a sobreexploração, as espécies invasoras[Walsh, 2016] e as mudanças climáticas.[CBD, 2010]

Diversidade da vida pelo “Índice Planeta Vivo” (IPV) entre 1970 e 2016.[Nota 3][ASMETRO, 2020]
Muitos cientistas, juntamente com o Relatório de Avaliação Global sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, afirmam que a principal razão para a perda de biodiversidade é o crescimento populacional humano, pois isso leva à superpopulação humana e ao consumo excessivo.[Pimm, 2014; Crist, 2017; Stokstad, 2019; Cafaro, 2022B; Ceballos, 2023] Outros discordam, afirmando que a perda de habitat é causada principalmente pelo "crescimento de commodities para exportação" e que a população tem muito pouco a ver com o consumo geral. Mais importantes são as disparidades de riqueza entre os países e dentro deles.[Hughes, 2023] De qualquer forma, toda a perda contemporânea de biodiversidade tem sido atribuída às atividades humanas.[Weston, 2025]

Diversidade da vida pelo “Índice Planeta Vivo” (IPV) entre 1970 e 2018 para América Latina e Caribe, um exemplo de que danos regionais podem ainda ser mais intensos.[Martins, 2022]
As mudanças climáticas são outra ameaça à biodiversidade global.[IPCC, 2005; Kannan, 2009] Por exemplo, os recifes de corais — que são hotspots de biodiversidade — serão perdidos até o ano 2100 se o aquecimento global continuar no ritmo atual.[PANDA, 2015; Aldred, 2014] Ainda assim, é a destruição geral do habitat (frequentemente para a expansão da agricultura), e não as mudanças climáticas, que é atualmente o maior impulsionador da perda de biodiversidade.[Ketcham, 2022; Caro, 2022] Espécies invasoras e outras perturbações tornaram-se mais comuns nas florestas nas últimas décadas. Estas tendem a estar direta ou indiretamente ligadas às mudanças climáticas e podem causar a deterioração dos ecossistemas florestais.[EIB, 2022; Finch, 2021]

Resumo das principais categorias de mudanças ambientais que causam perda de biodiversidade. Os dados são expressos como uma porcentagem da mudança causada pelo homem (em vermelho) em relação à linha de base (azul), em 2021. O vermelho indica a porcentagem da categoria que foi danificada, perdida ou afetada de alguma forma, enquanto o azul indica a porcentagem que está intacta, remanescente ou não afetada de alguma forma.[Bradshaw, 2021]
Biogeografia e nocturnalidade
Estudos sobre a evolução urbana fornecem uma indicação de como as espécies podem responder a fatores estressantes, como mudanças de temperatura e toxicidade. As espécies apresentam diferentes habilidades para responder a ambientes alterados, tanto por meio da plasticidade fenotípica quanto da evolução genética.[Bender, 2022; Diamond, 2018; Diamond, 2021]
Pesquisadores documentaram o movimento de muitas espécies para regiões antes muito frias para elas, frequentemente em ritmos mais rápidos do que o inicialmente esperado.[Harvey, 2011]
Mudanças permanentes na distribuição de organismos devido à influência humana se tornarão identificáveis no registro geológico. Isso ocorreu em parte como resultado das mudanças climáticas, mas também em resposta à agricultura e à pesca, e à introdução acidental de espécies não nativas em novas áreas por meio de viagens globais.[Waters, 2016] O ecossistema de todo o Mar Negro pode ter se alterado nos últimos 2.000 anos como resultado do aporte de nutrientes e sílica proveniente da erosão de terras desmatadas ao longo do rio Danúbio.[Nuwer, 2012; Gaynor, 2018]
Os pesquisadores descobriram que o crescimento da população humana e a expansão da atividade humana resultaram em muitas espécies de animais que normalmente são ativas durante o dia, como elefantes, tigres e javalis, tornando-se noturnos para evitar o contato com os humanos, que são em grande parte diurnos.[Brennan, 2018; Gaynor, 2018]
Mudanças climáticas
Um sintoma geológico resultante da atividade humana é o aumento do teor de dióxido de carbono (CO2) atmosférico. Esse sinal no sistema climático da Terra é especialmente significativo porque está ocorrendo muito mais rápido e em maior extensão do que antes. A maior parte desse aumento se deve à queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás.[BBC, 2006]
Na atmosfera da Terra, o dióxido de carbono é um gás traço que desempenha um papel integral no efeito estufa, ciclo do carbono, fotossíntese e ciclo do carbono oceânico. É um dos três principais gases de efeito estufa na atmosfera da Terra. A concentração de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera atingiu 427 ppm (0,0427%) em uma base molar em 2024, representando 3341 gigatoneladas de CO₂.[NASA, 2024] Isso é um aumento de 50% desde o início da Revolução Industrial, acima dos 280 ppm durante os 10.000 anos anteriores a meados do século XVIII.[Eggleton, 2013; NOAA, 2020; NOAA, 2022] O aumento é devido à atividade humana.[Etheridge, 1996]

Concentração atmosférica de CO2 medida no Observatório Mauna Loa, no Havaí, de 1958 a 2023 (também chamada de Curva de Keeling[Nota 4]). O aumento de CO2 nesse período é claramente visível. A concentração é expressa em μmol por mol, ou ppm.
Os efeitos das mudanças climáticas estão bem documentados e são crescentes para o ambiente natural da Terra e para as sociedades humanas. As mudanças no sistema climático incluem uma tendência geral de aquecimento, alterações nos padrões de precipitação e eventos climáticos mais extremos. À medida que o clima muda, ele impacta o ambiente natural com efeitos como incêndios florestais mais intensos, degelo do permafrost e desertificação. Essas mudanças impactam ecossistemas e sociedades e podem se tornar irreversíveis quando pontos de inflexão são ultrapassados. Ativistas climáticos estão engajados em uma série de atividades ao redor do mundo que buscam amenizar esses problemas ou impedir que aconteçam.[CounterAct, 2020]

Fluxos de CO2 ao longo dos últimos dois séculos.[Raupach, 2010]
Os efeitos das mudanças climáticas variam em tempo e localização. Até agora, o Ártico aqueceu mais rápido do que a maioria das outras regiões devido aos efeitos das mudanças climáticas.[Lindsey, 2022] As temperaturas do ar na superfície terrestre também aumentaram cerca de duas vezes a taxa que aumentam sobre o oceano, causando ondas de calor intensas. Essas temperaturas se estabilizariam se as emissões de gases de efeito estufa fossem controladas. As camadas de gelo e os oceanos absorvem a grande maioria do excesso de calor na atmosfera, retardando os efeitos, mas fazendo com que eles se acelerem e continuem após a estabilização das temperaturas na superfície. Como resultado, a elevação do nível do mar é uma preocupação particular a longo prazo. Os efeitos do aquecimento dos oceanos também incluem ondas de calor marinhas, estratificação oceânica, desoxigenação e mudanças nas correntes oceânicas.[IPCC, 2022]: 10 O oceano também está se acidificando à medida que absorve dióxido de carbono da atmosfera.[Doney, 2020]

Alguns efeitos das mudanças climáticas: incêndios florestais causados pelo calor e pela seca, branqueamento de corais causado pela acidificação e aquecimento dos oceanos, migração ambiental causada pela desertificação e inundações costeiras causadas por tempestades e elevação do nível do mar.
Geomorfologia
Mudanças nos padrões de drenagem, atribuídas à atividade humana, persistirão ao longo do tempo geológico em grandes partes dos continentes onde o regime geológico é erosivo. Isso envolve, por exemplo, os trajetos de estradas e rodovias definidos por sua nivelação e controle de drenagem. Mudanças diretas na forma da superfície terrestre por atividades humanas (exploração de pedreiras e paisagismo, por exemplo) também registram impactos humanos.
Foi sugerido [por quem?] que a deposição de formações de calcemita exemplifica um processo natural que não ocorria antes da modificação humana da superfície terrestre e que, portanto, representa um processo único do Antropoceno.[Dixon, 2018] Caltemita é um depósito secundário, derivado de concreto, cal, argamassa ou outro material calcário fora do ambiente de cavernas.[Smith, 2016] Caltemitas crescem sobre ou sob estruturas artificiais (incluindo minas e túneis) e imitam as formas e formatos de espeleotemas de cavernas, como estalactites, estalagmites, efluentes, etc.
Estratigrafia
Registro sedimentológico
Acredita-se que as atividades humanas, incluindo o desmatamento e a construção de estradas, tenham elevado os fluxos médios totais de sedimentos na superfície da Terra.[Waters, 2016] No entanto, a construção de barragens em muitos rios ao redor do mundo significa que as taxas de deposição de sedimentos em qualquer local nem sempre parecem aumentar no Antropoceno. Por exemplo, muitos deltas de rios ao redor do mundo estão atualmente privados de sedimentos por causa dessas barragens, e estão afundando e não acompanhando a elevação do nível do mar, em vez de crescer.[Giosan, 2014; Waters, 2016]
Registro fóssil
O aumento da erosão devido à agricultura e outras atividades será refletido em mudanças na composição dos sedimentos e no aumento das taxas de deposição em outros locais. Em áreas terrestres com regime deposicional, estruturas projetadas tenderão a ser enterradas e preservadas, juntamente com lixo e detritos. Lixo e detritos lançados por barcos ou transportados por rios e riachos se acumularão no ambiente marinho, particularmente em áreas costeiras, mas também em depósitos de lixo no meio do oceano. Esses artefatos criados pelo homem e preservados na estratigrafia são conhecidos como tecnofósseis.[Waters, 2016; Cabadas-Báez, 2017]

Tecnofósseis do século XX em depósitos de aterros sanitários inundados em East Tilbury, no estuário do rio Tâmisa.
Mudanças na biodiversidade também se refletirão no registro fóssil, assim como a introdução de espécies. Um exemplo citado é a galinha doméstica, originalmente a galinha-vermelha Gallus gallus, nativa do sudeste asiático, mas que desde então se tornou a ave mais comum do mundo por meio da reprodução e consumo humano, com mais de 60 bilhões de aves consumidas anualmente e cujos ossos seriam fossilizados em aterros sanitários.[Carrington, 2016B] Portanto, aterros sanitários são recursos importantes para encontrar "tecnofósseis".[Achmon, 2018]
Elementos traço
Em termos de elementos traço, há uma série de assinaturas distintas deixadas pelas sociedades modernas. Por exemplo, na Geleira Fremont Superior, em Wyoming, há uma camada de cloro presente em núcleos de gelo provenientes de programas de testes de armas atômicas da década de 1960, bem como uma camada de mercúrio associada a usinas a carvão na década de 1980.[Cecil, 2010; Sousa, 2020; Krabbenhoft, 2022]
Desde o final da década de 1940, os testes nucleares levaram à precipitação radioativa local e à contaminação severa dos locais de teste, tanto em terra quanto no ambiente marinho circundante. Alguns dos radionuclídeos liberados durante os testes são 137Cs, 90Sr, 239Pu, 240Pu, 241Am e 131I. Verificou-se que estes tiveram impacto significativo no meio ambiente e nos seres humanos. Em particular, descobriu-se que 137Cs e 90Sr foram liberados no ambiente marinho e levaram à bioacumulação ao longo de um período ao longo dos ciclos da cadeia alimentar. O isótopo de carbono 14C, comumente liberado durante testes nucleares, também foi integrado ao CO₂ atmosférico e infiltrado na biosfera por meio de trocas gasosas entre o oceano e a atmosfera. Supõe-se também que o aumento nas taxas de câncer de tireoide em todo o mundo esteja correlacionado com proporções crescentes do radionuclídeo 131I.[Prăvălie, 2014]
A maior concentração global de radionuclídeos foi estimada em 1965, uma das datas propostas como possível referência para o início do Antropoceno formalmente definido.[Turney, 2018]
A queima humana de combustíveis fósseis também deixou concentrações nitidamente elevadas de carbono negro, cinzas inorgânicas e partículas carbonáceas esféricas em sedimentos recentes em todo o mundo. As concentrações desses componentes aumentaram acentuadamente e quase simultaneamente em todo o mundo a partir de 1950.[Waters, 2016]
Marcadores do Antropoceno
Um marcador que represente um impacto global substancial dos humanos no ambiente total, comparável em escala àqueles associados a perturbações significativas do passado geológico, é necessário em substituição a pequenas mudanças na composição da atmosfera.[Zalasiewicz, 2010B; Zalasiewicz, 2011] Uma gama de marcadores que caracterizam o período foi identificada, como silicone ou alumínio, mas principalmente plástico, com o plástico, reminiscente de eras arqueológicas como a Idade do Ferro, marcando uma era plástica arqueológica ou o Antropoceno, mesmo como uma época plástica geológica.[Giaimo, 2016]
Um candidato útil para manter marcadores no registro do tempo geológico é a pedosfera. Os solos retêm informações sobre sua história climática e geoquímica, com características que perduram por séculos ou milênios.[Richter, 2007] A atividade humana está agora firmemente estabelecida como o sexto fator da formação do solo.[Amundson, 1991] A humanidade afeta a pedogênese diretamente, por exemplo, por meio de nivelamento de terras, abertura de valas e construção de aterros, controle do fogo em escala paisagística pelos primeiros humanos, enriquecimento de matéria orgânica pela adição de esterco ou outros resíduos, empobrecimento de matéria orgânica devido ao cultivo contínuo e compactação pelo sobrepastoreio. A atividade humana também afeta a pedogênese indiretamente, pela deriva de materiais erodidos ou poluentes. Solos antropogênicos são aqueles marcadamente afetados por atividades humanas, como aração repetida, adição de fertilizantes, contaminação, impermeabilização ou enriquecimento com artefatos (na Base Mundial de Referência para Recursos do Solo (GSSP, Global Boundary Stratotype Section and Point)[Nota1], são classificados como Antrossolos e Tecnossolos). Um exemplo da arqueologia seriam os fenômenos de terra escura, quando a habitação humana de longo prazo enriquece o solo com carbono negro.[Janovský, 2024]
Solos antropogênicos são repositórios recalcitrantes de artefatos e propriedades que atestam a predominância do impacto humano e, portanto, parecem ser marcadores confiáveis do Antropoceno. Alguns solos antropogênicos podem ser vistos como os "picos de ouro" dos geólogos (GSSP), que são locais onde há sucessões de estratos com evidências claras de um evento global, incluindo o aparecimento de fósseis distintos.[Certini, 2011] A perfuração em busca de combustíveis fósseis também criou buracos e tubos que se espera que sejam detectáveis por milhões de anos.[Boston, 2016] O astrobiólogo David Grinspoon propôs que o local do pouso lunar da Apollo 11, com as perturbações e artefatos que são tão singularmente característicos da atividade tecnológica da nossa espécie e que sobreviverão ao longo de períodos geológicos, poderia ser considerado o "pico de ouro" do Antropoceno.[Grinspoon, 2016]
Um estudo de outubro de 2020, coordenado pela Universidade do Colorado em Boulder, descobriu que distintas mudanças físicas, químicas e biológicas nas camadas rochosas da Terra começaram por volta do ano de 1950. A pesquisa revelou que, desde aproximadamente 1950, os humanos dobraram a quantidade de nitrogênio fixado no planeta por meio da produção industrial para a agricultura, criaram um buraco na camada de ozônio por meio da liberação em escala industrial de clorofluorcarbonos (CFCs), liberaram gases de efeito estufa de combustíveis fósseis suficientes para causar mudanças climáticas em nível planetário, criaram dezenas de milhares de compostos sintéticos semelhantes a minerais que não ocorrem naturalmente na Terra e fizeram com que quase um quinto dos sedimentos fluviais em todo o mundo deixassem de chegar ao oceano devido a represas, reservatórios e desvios. Os humanos produziram tantos milhões de toneladas de plástico a cada ano desde o início da década de 1950 que os microplásticos estão "formando um marcador quase onipresente e inequívoco do Antropoceno".[Simpkins, 2020; Syvitski, 2020] O estudo destaca uma forte correlação entre o tamanho e o crescimento da população humana global, a produtividade global e o uso global de energia, e que a "explosão extraordinária de consumo e produtividade demonstra como o Sistema Terrestre se afastou de seu estado Holoceno desde c. 1950 d.C., forçando mudanças físicas, químicas e biológicas abruptas no registro estratigráfico da Terra, que podem ser usadas para justificar a proposta de nomear uma nova época — o Antropoceno".[Syvitski, 2020]
Um estudo de dezembro de 2020 publicado na Nature constatou que a massa antropogênica total, ou materiais produzidos pelo homem, supera toda a biomassa da Terra e destacou que "essa quantificação do empreendimento humano fornece uma caracterização quantitativa e simbólica baseada em massa da época do Antropoceno induzida pelo homem".[Laville, 2020; Elhacham, 2020]
Debates
Embora a validade do termo Antropoceno como termo científico permaneça controversa, sua premissa subjacente, ou seja, a de que os humanos se tornaram uma força geológica, ou melhor, a força dominante que molda o clima da Terra, encontrou força entre acadêmicos e o público. Em um artigo de opinião para a Philosophical Transactions of the Royal Society B, Rodolfo Dirzo, Gerardo Ceballos e Paul R. Ehrlich escrevem que o termo está "penetrando cada vez mais no léxico não apenas da socioesfera acadêmica, mas também da sociedade em geral", e agora está incluído como uma entrada no Oxford English Dictionary.[Dirzo, 2022] A Universidade de Cambridge, como outro exemplo, oferece um diploma em Estudos do Antropoceno.[Cambridge, 2025] Na esfera pública, o termo Antropoceno tornou-se cada vez mais onipresente em discursos ativistas, especialistas e políticos. Alguns críticos do termo Antropoceno, no entanto, admitem que "apesar de todos os seus problemas, [ele] carrega poder".[Sutoris, 2021] A popularidade e a atualidade da palavra levaram estudiosos a rotulá-lo como uma "metacategoria carismática"[Reddy, 2014] ou "megaconceito carismático".[Davis, 2014] O termo, independentemente disso, tem sido alvo de diversas críticas de cientistas sociais, filósofos, estudiosos indígenas e outros.

“Embora frequentemente pensemos nos danos ecológicos como um problema moderno, nossos impactos remontam a milênios, aos tempos em que os humanos viviam como caçadores-coletores. Nossa história com os animais selvagens tem sido um jogo de soma zero: ou os caçamos até a extinção, ou destruímos seus habitats com terras agrícolas.” – Hannah Ritchie para Our World in Data.[Ritchie, 2021]
O antropólogo John Hartigan argumentou que, devido ao seu status como uma metacategoria carismática, o termo Antropoceno marginaliza conceitos concorrentes, porém menos visíveis, como o de "multiespécies".[Hartigan, 2014] A acusação mais saliente é que a pronta aceitação do Antropoceno se deve à sua proximidade conceitual com o status quo – isto é, com as noções de individualidade e centralidade humanas.
Outros estudiosos apreciam a maneira como o termo Antropoceno reconhece a humanidade como uma força geológica, mas questionam a maneira indiscriminada como o faz. Nem todos os humanos são igualmente responsáveis pela crise climática. Para tanto, acadêmicos como a teórica feminista Donna Haraway e o sociólogo Jason Moore sugeriram nomear a Época como Capitaloceno.[Haraway, 2014; Moore, 2016; Davies, 2016] Isso implica o capitalismo como a razão fundamental para a crise ecológica, e não apenas os humanos em geral.[Hickel, 2021; Foster, 2022; Derber, 2023] No entanto, de acordo com o filósofo Steven Best, os humanos criaram "sociedades hierárquicas e viciadas em crescimento" e demonstraram "tendências ecocidas" muito antes do surgimento do capitalismo.[Best, 2021] Hartigan, Bould e Haraway criticam o que o termo Antropoceno significa; no entanto, Hartigan e Bould diferem de Haraway por criticarem a utilidade ou validade de um enquadramento geológico para a crise climática, enquanto Haraway o adota.
Além de "Capitaloceno", outros termos também foram propostos por acadêmicos para traçar as raízes da Época em causas que vão além da espécie humana em geral. Janae Davis, por exemplo, sugeriu "Plantationocene" (Nota trad.: “Plantioceno”) como um termo mais apropriado para chamar a atenção para o papel que a agricultura de plantação desempenhou na formação da Época, juntamente com o argumento de Kathryn Yusoff de que o racismo como um todo é fundamental para a Época. O conceito de Plantioceno traça "as maneiras pelas quais as lógicas das plantações organizam economias, ambientes, corpos e relações sociais modernos".[Haraway, 2015; Yusoff, 2018; Davis, 2019; Perry, 2020] Na mesma linha, estudiosos de estudos indígenas, como a geógrafa Métis Zoe Todd, argumentaram que a Época deve ser datada da colonização das Américas, pois isso "nomeia o problema do colonialismo como responsável pela crise ambiental contemporânea".[Davis, 2017] O filósofo Potawatomi Kyle Powys Whyte argumentou ainda que o Antropoceno tem sido evidente para os povos indígenas nas Américas desde o início do colonialismo devido ao "papel do colonialismo na mudança ambiental".[Whyte, 2016; Whyte, 2017; Whyte, 2018]
Outras críticas ao Antropoceno se concentraram na genealogia do conceito. Todd também fornece uma abordagem fenomenológica, baseada no trabalho da filósofa Sara Ahmed, que escreve: "Quando discursos e respostas ao Antropoceno são gerados dentro de instituições e disciplinas inseridas em sistemas mais amplos que atuam como 'espaço público branco' de fato, a academia e sua dinâmica de poder devem ser desafiadas."[Todd, 2014] Outros aspectos que constituem as compreensões atuais do conceito de Antropoceno, como a cisão ontológica entre natureza e sociedade, a suposição da centralidade e individualidade do humano e a formulação do discurso ambiental em termos predominantemente científicos, têm sido criticados por acadêmicos como conceitos enraizados no colonialismo e que reforçam sistemas de dominação pós-colonial.[Hacıgüzeller, 2021] Para tanto, Todd defende que o conceito de Antropoceno deve ser indigenizado e descolonizado para se tornar um veículo de justiça, em oposição ao pensamento e à dominação pelos brancos.
O ecofilósofo David Abram, num capítulo de livro intitulado “Interbreathing in the Humilocene” (“Inter-respiração no Humiloceno”), propôs a adopção do termo “Humiloceno” (a Época da Humildade), que enfatiza um imperativo ético e uma direcção ecocultural que as sociedades humanas devem tomar.[Milstein, 2020]
Modelo do "Antropoceno Inferior"
O “Antropoceno Inferior” é também chamado “Antropoceno Precoce”, ou ainda “Hipótese de Ruddiman”, dado que o paleoclimatologista William Ruddiman argumentou que o Antropoceno começou há aproximadamente 8.000 anos com o desenvolvimento da agricultura e de culturas sedentárias.[Certini, 2015] Naquela época, os humanos estavam dispersos por todos os continentes, exceto a Antártida, e a Revolução Neolítica estava em andamento. Durante esse período, os humanos desenvolveram a agricultura e a pecuária para complementar ou substituir a subsistência dos caçadores-coletores.[Ellis, 2019] Essas inovações foram seguidas por uma onda de extinções, começando com grandes mamíferos e aves terrestres. Essa onda foi impulsionada tanto pela atividade direta dos humanos (por exemplo, a caça) quanto pelas consequências indiretas da mudança no uso da terra para a agricultura. Queimadas em grande escala por caçadores-coletores pré-históricos podem ter sido uma fonte inicial adicional de carbono atmosférico antropogênico.[Lightfoot, 2015] Ruddiman também afirma que as emissões de gases de efeito estufa, em parte responsáveis pelo Antropoceno, começaram há 8.000 anos, quando antigos agricultores desmataram florestas para cultivar plantações.[Mason, 2003; Robert, 2003; Ruddiman, 2003]
O trabalho de Ruddiman foi contestado com dados de uma interglaciação anterior ("Estágio 11", aproximadamente 400.000 anos atrás), o que sugere que mais 16.000 anos devem decorrer antes que a atual interglaciação do Holoceno chegue ao fim e, portanto, a hipótese antropogênica inicial é inválida.[Broecker, 2006] Além disso, o argumento de que "algo" é necessário para explicar as diferenças no Holoceno é contestado por pesquisas mais recentes que mostram que todos os interglaciais são diferentes.[Tzedakis, 2009]
Homogenoceno
Homogenoceno (do grego antigo: homo-, mesmo; geno-, tipo; kainos-, novo) é um termo mais específico usado para definir nossa época atual, na qual a biodiversidade está diminuindo e a biogeografia e os ecossistemas ao redor do globo parecem cada vez mais semelhantes entre si, principalmente devido às espécies invasoras que foram introduzidas ao redor do globo, seja propositalmente (cultivos, pecuária) ou inadvertidamente. Isso se deve ao globalismo recém-descoberto do qual os humanos participam, visto que a migração de espécies através do mundo para outra região não era tão fácil em nenhum momento da história como é hoje.[Crawley, 1989]
O termo Homogenoceno foi usado pela primeira vez por Michael Samways em seu artigo editorial no Journal of Insect Conservation de 1999, intitulado "Translocating fauna to foreign lands: Here comes the Homogenocene" (Translocando fauna para terras estrangeiras: Aí vem o Homogenoceno).[Michael, 1999]
O termo foi usado novamente por John L. Curnutt no ano 2000 na revista Ecology, em uma lista resumida intitulada "A Guide to the Homogenocene" (Um Guia para o Homogenoceno),[Curnutt, 2000] que revisou o livro "Extra species in North America and Hawaii: impacts on natural ecosystems" (Espécies exóticas na América do Norte e no Havaí: impactos em ecossistemas naturais), de George Cox. Charles C. Mann, em seu aclamado livro "1493: Uncovering the New World Columbus Created" (1493: Descobrindo o Novo Mundo Criado por Colombo), oferece uma visão geral dos mecanismos e das implicações atuais do Homogenoceno.[Mann, 2011]
Notas
1.GSSP, Global Boundary Stratotype Section and Point, “Seção e Ponto de Estratótipo de Limite Global”, às vezes chamada de “pico dourado”, é um ponto de referência acordado internacionalmente em uma seção estratigráfica que define o limite inferior de um estágio na escala de tempo geológico. O esforço para definir GSSPs é conduzido pela Comissão Internacional de Estratigrafia, uma parte da União Internacional de Ciências Geológicas. A maioria, mas não todas, as GSSPs são baseadas em mudanças paleontológicas. Portanto, as GSSPs são geralmente descritas em termos de transições entre diferentes estágios faunísticos, embora muito mais estágios faunísticos tenham sido descritos do que GSSPs. O esforço de definição de GSSP começou em 1977. Em 2024, 79 dos 101 estágios que precisam de uma GSSP tinham um GSSP ratificado. - en.wikipedia.org - Global Boundary Stratotype Section and Point
2.O Grande Evento de Oxidação (GOE) ou Grande Evento de Oxigenação, também chamado de Catástrofe do Oxigênio, Revolução do Oxigênio, Crise do Oxigênio ou Holocausto do Oxigênio, foi um intervalo de tempo durante a era Paleoproterozóica da Terra, quando a atmosfera da Terra e os mares rasos experimentaram pela primeira vez um aumento na concentração de oxigênio livre. Isso começou aproximadamente 2,460–2,426 bilhões de anos atrás (Ga) durante o período Sideriano e terminou aproximadamente 2,060 Ga atrás durante o Riaciano. Evidências geológicas, isotópicas e químicas sugerem que o oxigênio molecular produzido biologicamente (dioxigênio ou O2) começou a se acumular na atmosfera pré-biótica do Arqueano devido à fotossíntese microbiana e, eventualmente, mudou-a de uma atmosfera fracamente redutora praticamente desprovida de oxigênio para uma oxidante contendo oxigênio livre abundante, com níveis de oxigênio chegando a 10% do nível atmosférico moderno no final do GOE. - en.wikipedia.org - Great Oxidation Event
3.O Índice Planeta Vivo (IPV) é um indicador do estado da biodiversidade global, criado pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) para monitorar as tendências nas populações de espécies vertebradas em todo o mundo. Ele não mede o número total de espécies, mas sim a variação percentual média no tamanho das populações monitoradas, mostrando um declínio de, por exemplo, 73% nas populações de vida selvagem entre 1970 e 2024, segundo o Relatório Planeta Vivo 2024. - www.zsl.org - Living Planet Index
4.A Curva de Keeling é um gráfico da variação anual e do acúmulo total de dióxido de carbono na atmosfera terrestre, baseado em medições contínuas realizadas no Observatório Mauna Loa, na ilha do Havaí, de 1958 até os dias atuais. A curva recebeu o nome do cientista Charles David Keeling, que iniciou o programa de monitoramento e o supervisionou até sua morte em 2005.
As medições de Keeling mostraram a primeira evidência significativa do rápido aumento dos níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. De acordo com Naomi Oreskes, professora de História da Ciência na Universidade de Harvard, a curva de Keeling é um dos trabalhos científicos mais importantes do século XX. Muitos cientistas atribuem à curva de Keeling o primeiro sinal de alerta mundial para o atual aumento de CO2 na atmosfera.
en.wikipedia.org - Keeling Curve
Referências
Achmon, Yigal; Achmon, Moshe; Dowdy, F. Ryan; Spiegel, Orr; Claypool, Joshua T.; Toniato, Juliano; Simmons, Christopher W. (2018). "Understanding the Anthropocene through the lens of landfill microbiomes". Frontiers in Ecology and the Environment. 16 (6): 354–360. Bibcode:2018FrEE...16..354A. doi:10.1002/fee.1819. ISSN 1540-9309. S2CID 89937817.
AIBS (1960) Doklady: Biological sciences sections, Volumes 132–135. Akademii͡a nauk SSSR. National Science Foundation (U.S.), American Institute of Biological Sciences, Consultants Bureau Enterprises. American Institute of Biological Sciences, 1960. https://books.google.com.br/books/about/Doklady.html?id=xyhLAQAAIAAJ
Aldred, Jessica (2 July 2014). "Caribbean coral reefs 'will be lost within 20 years' without protection". The Guardian. Archived from the original on 20 October 2022. Retrieved 9 November 2015.
Allan E, Manning P, Alt F, Binkenstein J, Blaser S, Blüthgen N, Böhm S, Grassein F, Hölzel N, Klaus VH, Kleinebecker T, Morris EK, Oelmann Y, Prati D, Renner SC, Rillig MC, Schaefer M, Schloter M, Schmitt B, Schöning I, Schrumpf M, Solly E, Sorkau E, Steckel J, Steffen-Dewenter I, Stempfhuber B, Tschapka M, Weiner CN, Weisser WW, Werner M, Westphal C, Wilcke W, Fischer M (August 2015). "Land use intensification alters ecosystem multifunctionality via loss of biodiversity and changes to functional composition". Ecology Letters. 18 (8): 834–843. Bibcode:2015EcolL..18..834A. doi:10.1111/ele.12469. PMC 4744976. PMID 26096863.
Amos, Jonathan (2023) "The Anthropocene: Canadian lake mud 'symbolic of human changes to Earth'". BBC News. 11 July 2023. Retrieved 16 July 2023.
Amundson, R. & Jenny, H. (1991). "The place of humans in the state factor theory of ecosystems and their soils". Soil Science. 151 (1): 99–109. Bibcode:1991SoilS.151...99A. doi:10.1097/00010694-199101000-00012. S2CID 95061311.
Andermann, Tobias; Faurby, Søren; Turvey, Samuel T.; Antonelli, Alexandre; Silvestro, Daniele (1 September 2020). "The past and future human impact on mammalian diversity". Science Advances. 6 (36): eabb2313. Bibcode:2020SciA....6.2313A. doi:10.1126/sciadv.abb2313. ISSN 2375-2548. PMC 7473673. PMID 32917612. S2CID 221498762.
ASMETRO (2020)‘Somos a espécie mais perigosa da história’: cinco gráficos sobre o impacto da atividade humana na biodiversidade. 12 de outubro de 2020. https://asmetro.org.br/portalsn/2020/10/12/somos-a-especie-mais-perigosa-da-historia-cinco-graficos-sobre-o-impacto-da-atividade-humana-na-biodiversidade/
AWG (2019) "Results of binding vote by AWG". Anthropocene Working Group. International Commission on Stratigraphy. 21 May 2019. Archived from the original on 5 June 2019.
Badri, Adarsh (5 February 2024). "Feeling for the Anthropocene: affective relations and ecological activism in the global South". International Affairs. 100 (2): 731–749. doi:10.1093/ia/iiae010. ISSN 0020-5850.
Bauer, Andrew M.; Edgeworth, Matthew; Edwards, Lucy E.; Ellis, Erle C.; Gibbard, Philip; Merritts, Dorothy J. (16 September 2021). "Anthropocene: event or epoch?". Nature. 597 (7876): 332. Bibcode:2021Natur.597..332B. doi:10.1038/d41586-021-02448-z. ISSN 0028-0836. PMID 34522014. S2CID 237515330.
BBC (2006) "Deep ice tells long climate story". BBC News. 4 September 2006. Retrieved 28 November 2015. “A "coisa assustadora", acrescentou [o Dr. Wolff], era a taxa de mudança que está ocorrendo atualmente nas concentrações de CO2. No núcleo, o aumento mais rápido observado foi da ordem de 30 partes por milhão (ppm) em volume, ao longo de um período de aproximadamente 1.000 anos. O último aumento de 30 ppm ocorreu em apenas 17 anos. Estamos realmente em uma situação em que não temos um análogo em nossos registros.”
BBC (2023) "Biodiversity: Almost half of animals in decline, research shows". BBC. 23 May 2023. Retrieved 23 May 2023.
Bender, Eric (21 March 2022). "Urban evolution: How species adapt to survive in cities". Knowable Magazine. Annual Reviews. doi:10.1146/knowable-031822-1. Retrieved 31 March 2022.
Best, Steven (2021). "Failed Species: The Rise and Fall of the Human Empire". Romanian Journal of Artistic Creativity. 9 (2). “Hoje chamamos esse monólito planetário de "capitalismo global", mas os humanos se tornaram animais globais dezenas de milhares de anos antes do surgimento do capitalismo. Os humanos criaram sociedades hierárquicas e viciadas em crescimento há cerca de dez mil anos, e suas propensões ecocidas remontam a milênios na pré-história. E, assim como todos os impérios políticos do passado, o império humano possivelmente atingiu seu zênite e iniciou sua espiral descendente rumo ao colapso. O auge e a queda catastrófica desse império marcam uma nova era não apenas na história humana, mas também na história da Terra. Os debates sobre se as sociedades avançadas entraram em uma nova "pós-modernidade" perdem importância diante da proposição científica de que a atividade humana criou uma nova era na história geológica — a era do Antropoceno. Essa era, caracterizada pelo domínio da influência humana sobre os sistemas da Terra, levou, entre outros eventos colossais, a uma sexta crise de extinção em massa e a mudanças climáticas descontroladas.”
Boston (2016) "The Advent of the Anthropocene: Was that the big story of the 20th century?". World of Ideas, Boston U. Radio. Archived from the original on 4 March 2016. Retrieved 28 November 2015.
Bradshaw, Corey J. A.; Ehrlich, Paul R.; Beattie, Andrew; Ceballos, Gerardo; Crist, Eileen; Diamond, Joan; Dirzo, Rodolfo; Ehrlich, Anne H.; Harte, John; Harte, Mary Ellen; Pyke, Graham; Raven, Peter H.; Ripple, William J.; Saltré, Frédérik; Turnbull, Christine; Wackernagel, Mathis; Blumstein, Daniel T. (2021). "Underestimating the Challenges of Avoiding a Ghastly Future". Frontiers in Conservation Science. 1 615419. Bibcode:2021FrCS....1.5419B. doi:10.3389/fcosc.2020.615419.
Brennan, William (1 October 2018). "When Animals Take the Night Shift". The Atlantic. Retrieved 16 February 2019.
Broecker, Wallace S.; Stocker, Thomas F. (2006). "The Holocene CO2 rise: Anthropogenic or natural?". Eos, Transactions American Geophysical Union. 87 (3): 27. Bibcode:2006EOSTr..87...27B. doi:10.1029/2006EO030002. ISSN 2324-9250.
Cabadas-Báez, H.V.; Sedov, S.; Jiménez-Álvarez, S; Leonard, D.; Lailson-Tinoco, B.; García-Moll, R.; Ancona-Aragón, I.; Hernández, L. (2017). "Soils as a source of raw materials for ancient ceramic production in the Maya region of Mexico: Micromorphological insight". Boletín de la Sociedad Geológica Mexicana. 70 (1): 21–48. doi:10.18268/BSGM2018v70n1a2.
Cafaro, Philip (2022). "Reducing Human Numbers and the Size of our Economies is Necessary to Avoid a Mass Extinction and Share Earth Justly with Other Species". Philosophia. 50 (5): 2263–2282. doi:10.1007/s11406-022-00497-w. S2CID 247433264.
Cafaro, Philip; Hansson, Pernilla; Götmark, Frank (August 2022). "Overpopulation is a major cause of biodiversity loss and smaller human populations are necessary to preserve what is left" (PDF). Biological Conservation. 272 109646. Bibcode:2022BCons.27209646C. doi:10.1016/j.biocon.2022.109646. ISSN 0006-3207. S2CID 250185617. Archived (PDF) from the original on 8 December 2023. Retrieved 25 December 2022. “Biólogos da conservação costumam listar cinco principais fatores diretos da perda de biodiversidade: perda de habitat, superexploração de espécies, poluição, espécies invasoras e mudanças climáticas. O Relatório de Avaliação Global sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos constatou que, nas últimas décadas, a perda de habitat foi a principal causa da perda de biodiversidade terrestre, enquanto a superexploração (pesca excessiva) foi a causa mais importante das perdas marinhas (IPBES, 2019). Todos os cinco fatores diretos são importantes, em terra e no mar, e todos são agravados por populações humanas maiores e mais densas.”
Cambridge (2025) ”MPhil in Anthropocene Studies". University of Cambridge - Department of Geography. Consultado em 27/08/2025.
Caro, Tim; Rowe, Zeke (2022). "An inconvenient misconception: Climate change is not the principal driver of biodiversity loss". Conservation Letters. 15 (3): e12868. Bibcode:2022ConL...15E2868C. doi:10.1111/conl.12868. S2CID 246172852.
Carrington, Damian (29 August 2016). "The Anthropocene epoch: Scientists declare dawn of human-influenced age". The Guardian. Retrieved 29 August 2016.
Carrington, Damian (31 August 2016B). "How the domestic chicken rose to define the Anthropocene". The Guardian.
Carrington, Damian (2 February 2021). "Economics of biodiversity review: what are the recommendations?". The Guardian. Retrieved 16 December 2021.
Carrington, Damian (11 July 2023). "Canadian lake chosen to represent start of Anthropocene". The Guardian. Retrieved 11 July 2023.
CBD (2010) "Global Biodiversity Outlook 3". Convention on Biological Diversity. 2010. Archived from the original on 19 May 2022. Retrieved 24 January 2017.
Ceballos, Gerardo; Ehrlich, Paul R.; Barnosky, Anthony D.; García, Andrés; Pringle, Robert M.; Palmer, Todd M. (2015). "Accelerated modern human–induced species losses: Entering the sixth mass extinction". Science Advances. 1 (5): e1400253. Bibcode:2015SciA....1E0253C. doi:10.1126/sciadv.1400253. PMC 4640606. PMID 26601195.
Ceballos, Gerardo; Ehrlich, Paul R.; Raven, Peter H. (1 June 2020). "Vertebrates on the brink as indicators of biological annihilation and the sixth mass extinction". PNAS. 117 (24): 13596–13602. Bibcode:2020PNAS..11713596C. doi:10.1073/pnas.1922686117. PMC 7306750. PMID 32482862.
Ceballos, Gerardo; Ehrlich, Paul R. (2023). "Mutilation of the tree of life via mass extinction of animal genera". Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 120 (39): e2306987120. Bibcode:2023PNAS..12006987C. doi:10.1073/pnas.2306987120. PMC 10523489. PMID 37722053. “As taxas atuais de extinção genérica provavelmente acelerarão muito nas próximas décadas devido aos fatores que acompanham o crescimento e o consumo do empreendimento humano, como destruição de habitats, comércio ilegal e perturbações climáticas.”
Cecil, L. DeWayne; David L. Naftz; Paul F. Schuster; David D. Susong; Jaromy R. Green (2010). The Paleoenvironmental Record Preserved in Middle Latitude, High-Mountain Glaciers – An Overview of U.S. Geological Survey Experience in Central Asia and the United States (PDF) (Report). United States Geological Survey. Retrieved 14 May 2022.
Certini, G. & Scalenghe, R. (2011). "Anthropogenic soils are the golden spikes for the Anthropocene". The Holocene. 21 (8): 1269–1274. Bibcode:2011Holoc..21.1269C. doi:10.1177/0959683611408454. S2CID 128818837.
Certini, Giacomo; Scalenghe, Riccardo (April 2015). "Is the Anthropocene really worthy of a formal geologic definition?". The Anthropocene Review. 2 (1): 77–80. Bibcode:2015AntRv...2...77C. doi:10.1177/2053019614563840. ISSN 2053-0196. S2CID 130059700.
CounterAct; Women's Climate Justice Collective (4 May 2020). "Climate Justice and Feminism Resource Collection". The Commons Social Change Library. Retrieved 8 July 2024.
Cowie, Robert H.; Bouchet, Philippe; Fontaine, Benoît (April 2022). "The Sixth Mass Extinction: fact, fiction or speculation?". Biological Reviews of the Cambridge Philosophical Society. 97 (2): 640–663. doi:10.1111/brv.12816. PMC 9786292. PMID 35014169. S2CID 245889833.
Crist, Eileen; Mora, Camilo; Engelman, Robert (21 April 2017). "The interaction of human population, food production, and biodiversity protection". Science. 356 (6335): 260–264. Bibcode:2017Sci...356..260C. doi:10.1126/science.aal2011. PMID 28428391. S2CID 12770178. Retrieved 2 January 2023. “Pesquisas sugerem que a escala da população humana e o ritmo atual de seu crescimento contribuem substancialmente para a perda da diversidade biológica. Embora as mudanças tecnológicas e o consumo desigual estejam intrinsecamente ligados aos impactos demográficos no meio ambiente, as necessidades de todos os seres humanos — especialmente de alimentos — implicam que o crescimento populacional projetado comprometerá a proteção do mundo natural.”
Crawley MJ. 1989. Chance and timing in biological invasions. In: Drake JA, Mooney HJ, DiCastri F, et al. (Eds). Biological invasions: a global perspective. Chichester, UK: John Wiley.
Crutzen, Paul J.; Stoermer, Eugene F. (2000) "The "Anthropocene"". IGBP Newsletter. pp. 17–18. https://commons.gc.cuny.edu/?get_group_doc=2354/crutzen+stoermer+anthropocene.pdf
Crutzen, P.J. & Stoermer, E.F. (2000B). "The 'Anthropocene'". Global Change Newsletter. 41: 17–18.
Crutzen, Paul J. (2002). "Geology of mankind". Nature. 415 (6867): 23. Bibcode:2002Natur.415...23C. doi:10.1038/415023a. ISSN 1476-4687. PMID 11780095. S2CID 9743349.
Curnutt, John L. (2000). "AA Guide to the Homogenocene". Ecology. 81 (6): 1756–1757. doi:10.1890/0012-9658(2000)081[1756:AGTTH]2.0.CO;2.
Dasgupta, Partha (2021). "The Economics of Biodiversity: The Dasgupta Review Headline Messages" (PDF). UK government. p. 1. Retrieved 15 December 2021. “A biodiversidade está diminuindo mais rapidamente do que em qualquer outro momento da história da humanidade. As taxas de extinção atuais, por exemplo, são cerca de 100 a 1.000 vezes maiores do que a taxa de referência e estão aumentando.”
Davies, Jeremy (24 May 2016). The Birth of the Anthropocene (1st, hardcover ed.). Oakland: University of California Press. pp. 94–95. ISBN 978-0-520-28997-0. LCCN 2015043076. OCLC 926061257. OL 27210120M. Wikidata Q114630752.
Davis, Heather; Turpin, Etienne (2014). Art in the Anthropocene: Encounters Among Aesthetics, Politics, Environments and Epistemologies. Open Humanities Press. pp. 3–30. ISBN 978-1-78542-008-5.
Davis, Heather; Todd, Zoe (20 December 2017). "On the Importance of a Date, or, Decolonizing the Anthropocene". ACME: An International Journal for Critical Geographies. 16 (4): 761–780. ISSN 1492-9732.
Davis, Janae; Moulton, Alex A.; Sant, Levi Van; Williams, Brian (2019). "Anthropocene, Capitalocene, ... Plantationocene?: A Manifesto for Ecological Justice in an Age of Global Crises". Geography Compass. 13 (5): e12438. Bibcode:2019GComp..13E2438D. doi:10.1111/gec3.12438. ISSN 1749-8198. S2CID 155374232.
Davison, Nicola (30 May 2019). "The Anthropocene epoch: Have we entered a new phase of planetary history?". The Guardian. Retrieved 5 June 2019.
Dawson, Ashley (2016). Extinction: A radical history. OR Books. p. 19. ISBN 978-1944869014.
Derber, Charles; Moodliar, Suren (2023). Dying for Capitalism: How Big Money Fuels Extinction and What We Can Do About It. Routledge. ISBN 978-1032512587.
Diamond, Sarah E; Chick, Lacy D; Perez, Abe; Strickler, Stephanie A; Zhao, Crystal (14 June 2018). "Evolution of plasticity in the city: urban acorn ants can better tolerate more rapid increases in environmental temperature". Conservation Physiology. 6 (1): coy030. doi:10.1093/conphys/coy030. ISSN 2051-1434. PMC 6007456. PMID 29977563.
Diamond, Sarah E.; Martin, Ryan A. (2 November 2021). "Evolution in Cities". Annual Review of Ecology, Evolution, and Systematics. 52 (1): 519–540. doi:10.1146/annurev-ecolsys-012021-021402. ISSN 1543-592X. S2CID 239646134. Archived from the original on 31 March 2022. Retrieved 1 April 2022.
Dirzo, Rodolfo; Hillary S. Young; Mauro Galetti; Gerardo Ceballos; Nick J. B. Isaac; Ben Collen (2014). "Defaunation in the Anthropocene" (PDF). Science. 345 (6195): 401–406. Bibcode:2014Sci...345..401D. doi:10.1126/science.1251817. PMID 25061202. S2CID 206555761.
Dirzo, Rodolfo; Ceballos, Gerardo; Ehrlich, Paul R. (2022). "Circling the drain: the extinction crisis and the future of humanity". Philosophical Transactions of the Royal Society B. 377 (1857). doi:10.1098/rstb.2021.0378. PMC 9237743. PMID 35757873.
Dixon, Simon J.; Viles, Heather A.; Garrett, Bradley L. (2018). "Ozymandias in the Anthropocene: The city as an emerging landform". Area. 50 (1): 117–125. Bibcode:2018Area...50..117D. doi:10.1111/area.12358. ISSN 1475-4762.
Doney, Scott C.; Busch, D. Shallin; Cooley, Sarah R.; Kroeker, Kristy J. (17 October 2020). "The Impacts of Ocean Acidification on Marine Ecosystems and Reliant Human Communities". Annual Review of Environment and Resources. 45 (1): 83–112. doi:10.1146/annurev-environ-012320-083019. ISSN 1543-5938. S2CID 225741986.
Doughty, C.E.; Wolf, A.; Field, C.B. (2010). "Biophysical feedbacks between the Pleistocene megafauna extinction and climate: The first human-induced global warming?". Geophysical Research Letters. 37 (L15703): L15703. Bibcode:2010GeoRL..3715703D. doi:10.1029/2010GL043985.
Douglas, I.; Hodgson, R. & Lawson, N. (2002). "Industry, environment and health through 200 years in Manchester". Ecological Economics. 41 (2): 235–255. Bibcode:2002EcoEc..41..235D. doi:10.1016/S0921-8009(02)00029-0.
Economist (2021) "Paul Crutzen died on January 28th". The Economist. 13 February 2021. ISSN 0013-0613. Retrieved 21 February 2021.
Edgeworth, Matt; Richter, Dan de B.; Waters, Colin; Haff, Peter; Neal, Cath; Price, Simon James (1 April 2015). "Diachronous beginnings of the Anthropocene: The lower bounding surface of anthropogenic deposits" (PDF). The Anthropocene Review. 2 (1): 33–58. Bibcode:2015AntRv...2...33E. doi:10.1177/2053019614565394. ISSN 2053-0196. S2CID 131236197.
Edwards, Lucy E. (30 November 2015). "What is the Anthropocene?". Eos. Vol. 96. doi:10.1029/2015EO040297.
Eggleton, Tony (2013). A Short Introduction to Climate Change. Cambridge University Press. p. 52. ISBN 9781107618763. Archived from the original on 14 March 2023. Retrieved 14 March 2023.
Ehlers, Eckart; Moss, C.; Krafft, Thomas (2006). Earth System Science in the Anthropocene: Emerging issues and problems. Springer Science+Business Media. ISBN 9783540265900.
EIB (8 December 2022). Forests at the heart of sustainable development: Investing in forests to meet biodiversity and climate goals. European Investment Bank. ISBN 978-92-861-5403-4. Archived from the original on 21 March 2023. Retrieved 9 March 2023.
Elhacham, Emily; Ben-Uri, Liad; et al. (2020). "Global human-made mass exceeds all living biomass". Nature. 588 (7838): 442–444. Bibcode:2020Natur.588..442E. doi:10.1038/s41586-020-3010-5. PMID 33299177. S2CID 228077506.
Ellis, Erle; Goldewijk, Kees Klein; Gaillard, Marie-José; Kaplan, Jed O.; Thornton, Alexa; Powell, Jeremy; et al. (30 August 2019). "Archaeological assessment reveals Earth's early transformation through land use". Science. 365 (6456): 897–902. Bibcode:2019Sci...365..897S. doi:10.1126/science.aax1192. hdl:10150/634688. ISSN 0036-8075. PMID 31467217. S2CID 201674203.
Etheridge, D.M.; L.P. Steele; R.L. Langenfelds; R.J. Francey; J.-M. Barnola; V.I. Morgan (1996). "Natural and anthropogenic changes in atmospheric CO2 over the last 1000 years from air in Antarctic ice and firn". Journal of Geophysical Research. 101 (D2): 4115–28. Bibcode:1996JGR...101.4115E. doi:10.1029/95JD03410. ISSN 0148-0227. S2CID 19674607.
Falcon-Lang, Howard (2011) "Anthropocene: Have humans created a new geological age?". BBC News. 10 May 2011.
Finch, Deborah M.; Butler, Jack L.; Runyon, Justin B.; Fettig, Christopher J.; Kilkenny, Francis F.; Jose, Shibu; Frankel, Susan J.; Cushman, Samuel A.; Cobb, Richard C. (2021). "Effects of Climate Change on Invasive Species". In Poland, Therese M.; Patel-Weynand, Toral; Finch, Deborah M.; Miniat, Chelcy Ford (eds.). Invasive Species in Forests and Rangelands of the United States: A Comprehensive Science Synthesis for the United States Forest Sector. Cham: Springer International Publishing. pp. 57–83. doi:10.1007/978-3-030-45367-1_4. ISBN 978-3-030-45367-1. S2CID 234260720.
Finn, Catherine; Grattarola, Florencia; Pincheira-Donoso, Daniel (2023). "More losers than winners: investigating Anthropocene defaunation through the diversity of population trends". Biological Reviews. 98 (5): 1732–1748. doi:10.1111/brv.12974. PMID 37189305. S2CID 258717720.
Foster, John Bellamy (2022). Capitalism in the Anthropocene: Ecological Ruin or Ecological Revolution. Monthly Review Press. p. 1. ISBN 978-1583679746. “O advento do Antropoceno coincidiu com uma fenda planetária, à medida que a economia humana sob o capitalismo cruzou descuidadamente, ou começou a cruzar, os limites do Sistema Terrestre, sujando seu próprio ninho e ameaçando destruir o planeta como um lar seguro para a humanidade.”
Gauci, Vincent (19 June 2025). "New start date for the Anthropocene proposed – when humans first changed global methane levels". The Conservation.
Gaynor, Kaitlyn M.; et al. (2018). "The influence of human disturbance on wildlife nocturnality". Science. 360 (6394): 1232–1235. Bibcode:2018Sci...360.1232G. doi:10.1126/science.aar7121. PMID 29903973.
GeolSoc (2025) "The Anthropocene". The Geological Society. Consultado em 22/08/2025.
Giaimo, Cara (13 January 2016). "Stone Age, Bronze Age... Plastic Age? The Race to Define Our Epoch". Atlas Obscura. Retrieved 4 May 2025.
Gibbard, by Philip L.; Bauer, Andrew M.; Edgeworth, Matthew; Ruddiman, William F.; Gill, Jacquelyn L.; Merritts, Dorothy J.; Finney, Stanley C.; Edwards, Lucy E.; Walker, Michael J. C.; Maslin, Mark; Ellis, and Erle C. (2021). "A practical solution: the Anthropocene is a geological event, not a formal epoch". Episodes Journal of International Geoscience. 45 (4): 349–357. Bibcode:2021Episo..45..349G. doi:10.18814/epiiugs/2021/021029. S2CID 244165877.
Gibbard, Philip; Walker, Michael; Bauer, Andrew; Edgeworth, Matthew; Edwards, Lucy; Ellis, Erle; Finney, Stanley; Gill, Jacquelyn L.; Maslin, Mark; Merritts, Dorothy; Ruddiman, William (2022). "The Anthropocene as an Event, not an Epoch". Journal of Quaternary Science. 37 (3): 395–399. Bibcode:2022JQS....37..395G. doi:10.1002/jqs.3416. ISSN 0267-8179. S2CID 247378724.
Giosan, L.; Syvitski, J.P.M.; Constantinescu, S.; Day, J. (3 December 2014). "Climate change: Protect the world's deltas". Nature. 516 (7529): 31–33. Bibcode:2014Natur.516...31G. doi:10.1038/516031a. PMID 25471866. S2CID 1970583.
Grinspoon, D. (28 June 2016). "The golden spike of Tranquility Base". Sky & Telescope.
GSA (2019) "2011 GSA Annual Meeting". Geological Society of America. Archived from the original on 29 September 2019. Retrieved 28 November 2015.
Hacıgüzeller, Piraye (December 2021). "On critical hope and the anthropos of non-anthropocentric discourses. Some thoughts on archaeology in the Anthropocene". Archaeological Dialogues. 28 (2): 163–170. doi:10.1017/S1380203821000192. hdl:10067/1836770151162165141. S2CID 244775395.
Hartigan, John (12 December 2014). "Multispecies vs Anthropocene". Somatosphere. Archived from the original on 21 September 2020.
Hickel, Jason (2021). Less is More: How Degrowth Will Save the World. Windmill Books. pp. 39–40. ISBN 978-1786091215. “Foi somente com a ascensão do capitalismo nos últimos cem anos e a aceleração impressionante da industrialização a partir da década de 1950 que, em escala planetária, as coisas começaram a se desequilibrar.”
Haraway, Donna (2014). Davis, Heather; Turpin, Etienne (eds.). Art in the Anthropocene: Encounters Among Aesthetics, Politics, Environments and Epistemologies. Open Humanities Press. pp. 255–270. ISBN 978-1-78542-008-5.
Haraway, Donna (2015). "Anthropocene, Capitalocene, Plantationocene, Chthulucene: Making kin" (PDF). Environmental Humanities. 6: 159–165. doi:10.1215/22011919-3615934. Archived from the original (PDF) on 14 July 2015.
Harper, Douglas. (2025) "-cene". Online Etymology Dictionary. Consultado em 26/08/2025.
Harvey, Fiona (18 August 2011). "Climate change driving species out of habitats much faster than expected". The Guardian. Retrieved 8 November 2015.
Hughes, Alice C.; Tougeron, Kévin; Martin, Dominic A.; Menga, Filippo; Rosado, Bruno H. P.; Villasante, Sebastian; Madgulkar, Shweta; Gonçalves, Fernando; Geneletti, Davide; Diele-Viegas, Luisa Maria; Berger, Sebastian; Colla, Sheila R.; de Andrade Kamimura, Vitor; Caggiano, Holly; Melo, Felipe (1 January 2023). "Smaller human populations are neither a necessary nor sufficient condition for biodiversity conservation". Biological Conservation. 277 109841. Bibcode:2023BCons.27709841H. doi:10.1016/j.biocon.2022.109841. ISSN 0006-3207. “Ao examinar os fatores que causam a perda de biodiversidade em países com alta biodiversidade, mostramos que não é a população que impulsiona a perda de habitats, mas sim o crescimento de commodities para exportação, especialmente soja e óleo de palma, principalmente para alimentação animal ou consumo de biocombustível em economias de renda mais alta.”
ICS (2015) "Subcommission on Quaternary Stratigraphy – Working Group on the 'Anthropocene'". International Commission on Stratigraphy. Retrieved 28 November 2015.
ICS (2024) "International Chronostratigraphic Chart". International Commission on Stratigraphy. Retrieved 7 April 2024.
IPCC (2005) "Climate change and biodiversity" (PDF). Intergovernmental Panel on Climate Change. 2005. Archived from the original (PDF) on 5 February 2018. Retrieved 12 June 2012.
IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change, ed. (2022), "Summary for Policymakers", The Ocean and Cryosphere in a Changing Climate: Special Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change, Cambridge: Cambridge University Press, pp. 3–36, doi:10.1017/9781009157964.001, ISBN 978-1-009-15796-4, retrieved 24 April 2023.
Isbell, Forest; Balvanera, Patricia; et al. (2022). "Expert perspectives on global biodiversity loss and its drivers and impacts on people". Frontiers in Ecology and the Environment. 21 (2): 94–103. doi:10.1002/fee.2536. hdl:10852/101242. S2CID 250659953.
IUGS (2024) The Anthropocene: IUGS-ICS Statement. March 20, 2024. https://www.iugs.org/_files/ugd/f1fc07_ebe2e2b94c35491c8efe570cd2c5a1bf.pdf
Janovský, Martin (2024). "Stable isotope analysis in soil prospection reveals the type of historic land ‑ use under contemporary temperate forests in Europe". Scientific Reports. 14 (1): 14746. Bibcode:2024NatSR..1414746J. doi:10.1038/s41598-024-63563-1. PMC 11208554. PMID 38926400.
Johns, David; Crist, Eileen; Sahgal, Bittu, eds. (2022). "Ending the Colonization of the Non-Human World". Biological Conservation.
Kannan, R.; James, D. A. (2009). "Effects of climate change on global biodiversity: a review of key literature" (PDF). Tropical Ecology. 50 (1): 31–39. Archived from the original on 15 April 2021. Retrieved 21 May 2014.
Kehoe L, Romero-Muñoz A, Polaina E, Estes L, Kreft H, Kuemmerle T (August 2017). "Biodiversity at risk under future cropland expansion and intensification". Nature Ecology & Evolution. 1 (8): 1129–1135. Bibcode:2017NatEE...1.1129K. doi:10.1038/s41559-017-0234-3. ISSN 2397-334X. PMID 29046577. S2CID 3642597. Archived from the original on 23 April 2022. Retrieved 28 March 2022.
Ketcham, Christopher (3 December 2022). "Addressing Climate Change Will Not "Save the Planet"". The Intercept. Archived from the original on 18 February 2024. Retrieved 8 December 2022.
Kirch, P.V. (2005). "The Holocene record". Annual Review of Environment and Resources. 30 (1): 409–440. doi:10.1146/annurev.energy.29.102403.140700.
Kolbert, Elizabeth (2014). The Sixth Extinction: An Unnatural History. New York City: Henry Holt and Company. ISBN 978-0805092998.
Krabbenhoft, David; Paul Schuster. Glacial Ice Cores Reveal a Record of Natural and Anthropogenic Atmospheric Mercury Deposition for the Last 270 Years (PDF) (Report). USGS Fact Sheet. Vol. FS-051-02. U.S. Geological Survey. Archived from the original (PDF) on 8 March 2022. Retrieved 14 May 2022.
Laville, Sandra (9 December 2020). "Human-made materials now outweigh Earth's entire biomass – study". The Guardian. Retrieved 10 December 2020.
Leakey, Richard; Lewin, Roger (1995). The Sixth Extinction: Patterns of life and the future of humankind. London: Doubleday. ISBN 9780385424974.
Lewis, Simon L.; Maslin, Mark A. (March 2015). "Defining the Anthropocene" (PDF). Nature. 519 (7542): 171–180. Bibcode:2015Natur.519..171L. doi:10.1038/nature14258. PMID 25762280. S2CID 205242896. Archived from the original (PDF) on 24 December 2015.
Liddell, Henry George; Scott, Robert. (2025) ἄνθρωπος, καινός. A Greek–English Lexicon at the Perseus Project. Consultado em 26/08/2025.
Lightfoot, Kent G.; Cuthrell, Rob Q. (29 May 2015). "Anthropogenic burning and the Anthropocene in late-Holocene California". The Holocene. 25 (10): 1581–1587. Bibcode:2015Holoc..25.1581L. doi:10.1177/0959683615588376. ISSN 0959-6836. S2CID 130614921.
Lindsey, Rebecca; Dahlman, Luann (28 June 2022). "Climate Change: Global Temperature". climate.gov. National Oceanic and Atmospheric Administration. Archived from the original on 17 September 2022.
Lovelock, James; Appleyard, Bryan (4 July 2019). Novacene : the coming age of hyperintelligence. London: Allen Lane. ISBN 9780241399361. OCLC 1104037419.
Mann, Charles C. (2011). 1493: Uncovering the New World Columbus Created. New York: Knopf. ISBN 978-0-307-26572-2.
Martins, Alejandra (2022). BBC News Mundo. Os dados que mostram o sério declínio da vida selvagem (e por que a América Latina é a área mais afetada) 16 outubro 2022 - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63260842
Mason, Betsy (2003). "Man has been changing climate for 8,000 years". Nature. doi:10.1038/news031208-7.
McNeill, J.R. (2012). "Global Environmental History: The first 150,000 years". In McNeill, J. R.; Mauldin, E.S. (eds.). A Companion to Global Environmental History. Wiley-Blackwell. pp. 3–17. ISBN 978-1-444-33534-7.
Melillo, Gianna (19 July 2022). "Threat of global extinction may be greater than previously thought, study finds". The Hill. Retrieved 20 July 2022.
Meyer, Robinson (16 April 2019). "The cataclysmic break that (maybe) occurred in 1950". The Atlantic. Retrieved 5 June 2019.
Michael, Samways (1999). "Translocating fauna to foreign lands: Here comes the Homogenocene". Journal of Insect Conservation. 3 (2): 65–66. doi:10.1023/A:1017267807870. S2CID 263987331.
Milstein, Tema; Castro-Sotomayor, José, eds. (1 May 2020). Routledge Handbook of Ecocultural Identity (1 ed.). Abingdon, Oxon; New York, NY : Routledge, 2020. |: Routledge. doi:10.4324/9781351068840. ISBN 978-1-351-06884-0.
Moore, Jason W., ed. (2016). Anthropocene or Capitalocene? Nature, history, and the crisis of capitalism. Oakland, CA: PM Press. ISBN 978-1629631486.
NASA (2024). "Carbon Dioxide Concentration | NASA Global Climate Change". Climate Change: Vital Signs of the Planet. Retrieved 3 November 2024.
NOAA (2017) US Department of Commerce; NOAA; Earth System Research Laboratory. "NOAA/ESRL Global Monitoring Division – The NOAA annual greenhouse gas index (AGGI)". esrl.noaa.gov. Retrieved 17 May 2017.
NOAA (2020) "The NOAA Annual Greenhouse Gas Index (AGGI) – An Introduction". NOAA Global Monitoring Laboratory/Earth System Research Laboratories. Archived from the original on 27 November 2020. Retrieved 18 December 2020.
NOAA (2022) "Carbon dioxide now more than 50% higher than pre-industrial levels". National Oceanic and Atmospheric Administration. 3 June 2022. Archived from the original on 5 June 2022. Retrieved 14 June 2022.
Nuwer, Rachel (14 September 2012). "From Ancient Deforestation, a Delta Is Born". The New York Times. Retrieved 14 June 2018.
Ogden, M. (29 February 2016). "'The Anthropocene' viewed from Vernadsky's Noosphere". Promethean Pac. LaRouche PAC.
Paddison, Laura (22 May 2023). "Global loss of wildlife is 'significantly more alarming' than previously thought, according to a new study". CNN. Retrieved 23 May 2023.
PANDA (2015) "Climate change, reefs and the Coral Triangle". wwf.panda.org. Archived from the original on 2 May 2018. Retrieved 9 November 2015.
Pearce, Fred (2007). With Speed and Violence: Why Scientists fear tipping points in Climate Change. Boston, Massachusetts: Beacon Press. ISBN 978-0-8070-8576-9. Retrieved 5 September 2016.
Perry, Laura; Hopes, Addie (Series editors) (2020) "What is the Plantationocene?". Edge Effects Magazine. c. 2020.
Petersen-Rockney, Margiana; Baur, Patrick; Guzman, Aidee; Bender, S. Franz; Calo, Adam; Castillo, Federico; De Master, Kathryn; Dumont, Antoinette; Esquivel, Kenzo; Kremen, Claire; LaChance, James; Mooshammer, Maria; Ory, Joanna; Price, Mindy J.; Socolar, Yvonne (15 March 2021). "Narrow and Brittle or Broad and Nimble? Comparing Adaptive Capacity in Simplifying and Diversifying Farming Systems". Frontiers in Sustainable Food Systems. 5. Bibcode:2021FrSFS...564900P. doi:10.3389/fsufs.2021.564900. ISSN 2571-581X.
Pimm, S.L.; Jenkins, C.N.; Abell, R.; Brooks, T.M.; Gittleman, J.L.; Joppa, L.N.; Raven, P. H.; Roberts, C.M.; Sexton, J.O. (30 May 2014). "The biodiversity of species and their rates of extinction, distribution, and protection" (PDF). Science. 344 (6187): 1246752. doi:10.1126/science.1246752. PMID 24876501. S2CID 206552746. Retrieved 15 December 2016. “O principal fator que leva à extinção de espécies é o crescimento populacional humano e o aumento do consumo per capita.”
Prăvălie, Remus (October 2014). "Nuclear weapons tests and environmental consequences: A global perspective". Ambio. 43 (6): 729–744. Bibcode:2014Ambio..43..729P. doi:10.1007/s13280-014-0491-1. PMC 4165831. PMID 24563393.
QuatStrat (2024) "What is the Anthropocene? – current definition and status". quaternary.stratigraphy.org. Subcommission on Quaternary Stratigraphy, Working Group on the 'Anthropocene'. Retrieved 7 April 2024.
Raupach, M. R., & Canadell, J. G. (2010). Carbon and the Anthropocene. Current Opinion in Environmental Sustainability, 2(4), 210–218. https://doi.org/10.1016/j.cosust.2010.04.003
Reddy, Elizabeth (8 April 2014). "What Does it Mean to do Anthropology in the Anthropocene?". Platypus. Archived from the original on 31 May 2014.
Revkin, Andrew C. (11 May 2011). "Confronting the 'Anthropocene'". The New York Times. Retrieved 25 March 2014.
Richter, D. deB. (2007). "Humanity's transformation of Earth's soil: Pedology's new frontier". Soil Science. 172 (12): 957–967. Bibcode:2007SoilS.172..957R. doi:10.1097/ss.0b013e3181586bb7. S2CID 15921701.
Ritchie, Hannah (20 April 2021). "Wild mammals have declined by 85% since the rise of humans, but there is a possible future where they flourish". Our World in Data. Retrieved 18 April 2023.
Ripple WJ, Wolf C, Newsome TM, Galetti M, Alamgir M, Crist E, Mahmoud MI, Laurance WF (13 November 2017). "World Scientists' Warning to Humanity: A Second Notice". BioScience. 67 (12): 1026–1028. doi:10.1093/biosci/bix125. hdl:1808/25687. “Além disso, desencadeamos um evento de extinção em massa, o sexto em aproximadamente 540 milhões de anos, no qual muitas formas de vida atuais podem ser aniquiladas ou pelo menos condenadas à extinção até o final deste século.”; “Além disso, desencadeamos um evento de extinção em massa, o sexto em aproximadamente 540 milhões de anos, no qual muitas formas de vida atuais podem ser aniquiladas ou pelo menos condenadas à extinção até o final deste século.”
Ripple, William J.; Wolf, Christopher; van Vuuren, Detlef P.; Gregg, Jillian W.; Lenzen, Manfred (9 January 2024). "An environmental and socially just climate mitigation pathway for a planet in peril". Environmental Research Letters. 19 (2): 021001. Bibcode:2024ERL....19b1001R. doi:10.1088/1748-9326/ad059e. “Especificamente, nossos resultados mostram uma grande escalada a partir de 1850 para a maioria das variáveis. Se combinados com informações sobre capacidade de suporte ou limites planetários, esses dados poderiam ser usados para explorar a possibilidade de que as demandas humanas em múltiplas frentes tenham se acelerado significativamente e possam ter se aproximado ou excedido a capacidade regenerativa da biosfera. Do ponto de vista populacional, de combustíveis fósseis, de gases de efeito estufa, de temperatura e de uso da terra, meados do século XIX (aproximadamente 1850) destaca-se como uma escolha convincente entre os potenciais pontos de partida para o Antropoceno.”
Robert, Adler (11 December 2003). "Early farmers warmed Earth's climate". New Scientist. Retrieved 4 February 2008.
Ruddiman, William F. (2003). "The anthropogenic greenhouse era began thousands of years ago" (PDF). Climatic Change. 61 (3): 261–293. Bibcode:2003ClCh...61..261R. CiteSeerX 10.1.1.651.2119. doi:10.1023/B:CLIM.0000004577.17928.fa. S2CID 2501894. Archived from the original (PDF) on 16 April 2014.
Sahney, S.; Benton, M. J. & Ferry, P. A. (2010). "Links between global taxonomic diversity, ecological diversity and the expansion of vertebrates on land". Biology Letters. 6 (4): 544–547. doi:10.1098/rsbl.2009.1024. PMC 2936204. PMID 20106856. “... poderia ser que, sem a influência humana, a diversidade ecológica e taxonómica dos tetrápodes continuasse a aumentar de forma exponencial até que a maior parte ou a totalidade do ecossistema disponível fosse preenchido.”
Sanders, Robert (2015) "Was first nuclear test the start of new human-dominated epoch, the Anthropocene?". News Center. University of California, Berkeley. 16 January 2015. Archived from the original on 14 April 2015. Retrieved 29 January 2015.
Sankaran, Vishwam (17 January 2022). "Study confirms sixth mass extinction is currently underway, caused by humans". The Independent. Archived from the original on 7 May 2022. Retrieved 18 January 2022.
Simpkins, Kelsey (16 October 2020). "Unprecedented energy use since 1950 has transformed humanity's geologic footprint". phys.org. University of Colorado at Boulder. Retrieved 17 October 2020.
Smith, G.K. (April 2016). "Calcite straw stalactites growing from concrete structures". Cave and Karst Science. 43 (1): 4–10. Retrieved 14 June 2018.
Sousa, Matthew; Benson, Bryce; Welty, Connor; Price, Dylan; Thirkill, Ruth; Erickson, William; et al. (February 2020). "Atmospheric Deposition of Coal-Related Pollutants in the Pacific Northwest of the United States from 1950 to 2016". Environmental Toxicology and Chemistry. 39 (2): 335–342. Bibcode:2020EnvTC..39..335S. doi:10.1002/etc.4635. PMID 31743941. S2CID 208186469.
Steffen, Will & Leinfelder, Reinhold & Zalasiewicz, Jan & Waters, Colin & Williams, Mark & Summerhayes, C. & Barnosky, Anthony & Cearreta, Alejandro & Crutzen, Paul & Edgeworth, Matt & Ellis, Erle & Fairchild, Ian & Gałuszka, Agnieszka & Grinevald, Jacques & Haywood, Alan & Sul, Juliana & Jeandel, Catherine & Mcneill, John & Odada, Eric & Schellnhuber, Hans. (2016). Stratigraphic and Earth System Approaches to Defining the Anthropocene. Earth's Future. https://www.researchgate.net/publication/305471690_Stratigraphic_and_Earth_System_Approaches_to_Defining_the_Anthropocene
Steffen, Will, Johan Rockström, Katherine Richardson et al. “Trajectories of the Earth System in the Anthropocene.” Proceedings of the National Academy of Sciences 115, no. 33 (2018): 8252-8259. https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.1810141115
Steiner, Achim (15 December 2020). "The Next Frontier: Human Development and the Anthropocene (Foreword)" (PDF). UNDP. Retrieved 16 December 2020.
Stokstad, Erik (6 May 2019). "Landmark analysis documents the alarming global decline of nature". Science. doi:10.1126/science.aax9287. “Pela primeira vez em escala global, o relatório classificou as causas dos danos. No topo da lista, estão as mudanças no uso da terra — principalmente a agricultura — que destruíram habitats. Em segundo lugar, a caça e outros tipos de exploração. Em seguida, vêm as mudanças climáticas, a poluição e as espécies invasoras, que estão sendo disseminadas pelo comércio e outras atividades. As mudanças climáticas provavelmente ultrapassarão as outras ameaças nas próximas décadas, observam os autores. Impulsionando essas ameaças estão o crescimento da população humana, que dobrou desde 1970 para 7,6 bilhões, e o consumo. (O uso per capita de materiais aumentou 15% nas últimas 5 décadas.)”
Subramanian, Meera (21 May 2019). "Anthropocene now: Influential panel votes to recognize Earth's new epoch". Nature. doi:10.1038/d41586-019-01641-5. PMID 32433629. S2CID 182238145. Retrieved 5 June 2019.
Sutoris, Peter (20 October 2021). "The term 'Anthropocene' isn't perfect – but it shows us the scale of the environmental crisis we've caused". The Conversation. Archived from the original on 20 October 2021.
Syvitski, Jaia; Waters, Colin N.; Day, John; et al. (2020). "Extraordinary human energy consumption and resultant geological impacts beginning around 1950 CE initiated the proposed Anthropocene Epoch". Communications Earth & Environment. 1 (32): 32. Bibcode:2020ComEE...1...32S. doi:10.1038/s43247-020-00029-y. hdl:10810/51932. S2CID 222415797.
Todd, Zoe (2014). Davis, Heather; Turpin, Etienne (eds.). Art in the Anthropocene: Encounters Among Aesthetics, Politics, Environments and Epistemologies. Open Humanities Press. pp. 241–254. ISBN 978-1-78542-008-5.
Turney, Chris S.M.; Palmer, Jonathan; Maslin, Mark A.; Hogg, Alan; Fogwill, Christopher J.; Southon, John; et al. (2018). "Global peak in atmospheric radiocarbon provides a potential definition for the onset of the Anthropocene Epoch in 1965". Scientific Reports. 8 (1): 3293. Bibcode:2018NatSR...8.3293T. doi:10.1038/s41598-018-20970-5. PMC 5818508. PMID 29459648.
Tzedakis, P.C.; Raynaud, D.; McManus, J.F.; Berger, A.; Brovkin, V.; Kiefer, T. (2009). "Interglacial diversity". Nature Geoscience. 2 (11): 751–755. Bibcode:2009NatGe...2..751T. doi:10.1038/ngeo660.
Vignieri, Sacha (2014). "Vanishing fauna". Science. 345 (6195): 392–395. Bibcode:2014Sci...345..392V. doi:10.1126/science.345.6195.392. PMID 25061199.
Voosen, Paul (11 July 2023). "Pond mud proposed as Anthropocene's 'golden spike,' defining human-altered geological age". Science. 381 (6654): 114–115. doi: 10.1126/science.adj6978. Retrieved 23 April 2024.
Walsh JR, Carpenter SR, Vander Zanden MJ (April 2016). "Invasive species triggers a massive loss of ecosystem services through a trophic cascade". Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 113 (15): 4081–5. Bibcode:2016PNAS..113.4081W. doi:10.1073/pnas.1600366113. PMC 4839401. PMID 27001838.
Waters, Colin N.; Zalasiewicz, Jan; Summerhayes, Colin; Barnosky, Anthony D.; Poirier, Clément; Gałuszka, Agnieszka; Cearreta, Alejandro; Edgeworth, Matt; Ellis, Erle C. (8 January 2016). "The Anthropocene is functionally and stratigraphically distinct from the Holocene". Science. 351 (6269): aad2622. Bibcode:2016Sci...351.2622W. doi:10.1126/science.aad2622. ISSN 0036-8075. PMID 26744408. S2CID 206642594.
Waters, Colin N; Turner, Simon D; Zalasiewicz, Jan; Head, Martin J (April 2023). "Candidate sites and other reference sections for the Global boundary Stratotype Section and Point of the Anthropocene series". The Anthropocene Review. 10 (1): 3–24. Bibcode: 2023AntRv..10....3W. doi: 10.1177/20530196221136422.
Weston, Phoebe (26 March 2025). "Biodiversity loss in all species and every ecosystem linked to humans – report". The Guardian. Retrieved 3 April 2025.
Whyte, Kyle (2016). "Is it Colonial DéJà Vu? Indigenous Peoples and Climate Injustice". In Adamson, Joni (ed.). Humanities for the Environment: Integrating Knowledges, Forging New Constellations of Practice. Routledge. pp. 88–104. doi:10.2139/ssrn.2925277. SSRN 2925277.
Whyte, Kyle (2017). "Indigenous Climate Change Studies : Indigenizing Futures, Decolonizing the Anthropocene". English Language Notes. 55 (1): 153–162. doi:10.1215/00138282-55.1-2.153. ISSN 2573-3575. S2CID 132153346.
Whyte, Kyle P. (1 March 2018). "Indigenous science (fiction) for the Anthropocene: Ancestral dystopias and fantasies of climate change crises". Environment and Planning E: Nature and Space. 1 (1–2): 224–242. Bibcode:2018EnPlE...1..224W. doi:10.1177/2514848618777621. ISSN 2514-8486. S2CID 158298529.
Yusoff, Kathryn. A Billion Black Anthropocenes or None. University of Minnesota Press. 2018. ISBN: 9781517907532.
PDF: https://growingsyllabi.hotglue.me/?start.head.156866464778&download=1
Zalasiewicz, Jan; et al. (2008). "Are we now living in the Anthropocene?". GSA Today. 18 (2): 4–8. Bibcode:2008GSAT...18b...4Z. doi:10.1130/GSAT01802A.1.
Zalasiewicz, J.; et al. (2010). "The new world of the Anthropocene". Environmental Science & Technology. 44 (7): 2228–2231. Bibcode:2010EnST...44.2228Z. doi:10.1021/es903118j. hdl:1885/36498. PMID 20184359.
Zalasiewicz, J.; Williams, M.; Steffen, W. & Crutzen, P.J. (2010B). "Response to 'The Anthropocene forces us to reconsider adaptationist models of human-environment interactions'". Environmental Science & Technology. 44 (16): 6008. Bibcode:2010EnST...44.6008Z. doi:10.1021/es102062w.
Zalasiewicz, J.; et al. (2011). "Stratigraphy of the Anthropocene". Philosophical Transactions of the Royal Society A. 369 (1938): 1036–1055. Bibcode:2011RSPTA.369.1036Z. doi:10.1098/rsta.2010.0315. PMID 21282159.
Zhong, Raymond (5 March 2024). "Are We in the 'Anthropocene,' the Human Age? Nope, Scientists Say". The New York Times. ISSN 0362-4331. Retrieved 5 March 2024.
Zhong, Raymond (20 March 2024-B). "Geologists Make It Official: We're Not in an 'Anthropocene' Epoch". The New York Times. ISSN 0362-4331. Retrieved 19 April 2024.
Recomendações de leitura
Perrin Selcer. Anthropocene - https://ethos.lps.library.cmu.edu/article/id/483/
The Anthropocene epoch: have we entered a new phase of planetary history?, The Guardian, 2019.
Drawing A Line In The Mud: Scientists Debate When 'Age Of Humans' Began. NPR. 17 March 2021.
"The Anthropocene: Where on Earth are we Going? [Full]". YouTube. The Royal Society of Victoria. 15 April 2021. (aula ministrada pelo Professor Will Steffen em Melbourne, Austrália)
8 billion humans: How population growth and climate change are connected as the 'Anthropocene engine' transforms the planet. The Conversation. 3 November 2022.
Palavras-chave
#Antropoceno #Geologia #MudançasClimáticas #ExtinçãoEmMassa #Capitaloceno #Tecnofósseis #Ciência #MeioAmbiente #Sustentabilidade #ImpactoHumano #Ecologia #DebateCientífico #Holoceno #GrandeAceleração #PlanetaTerra